domingo, fevereiro 15, 2015

Os fachos

A palavra "fachos", que é utilizada também na língua francesa, é uma simplificação jocosa do termo "fascistas". Na minha juventude, nos meios radicais em que me movia, quando queríamos qualificar alguém ligado à ditadura ou que partilhava as suas ideias, não raramente dizíamos: "Esse tipo é um facho!". Mais tarde, já em democracia, vi assim qualificar pessoas politicamente situadas mais à direita, às vezes com grande exagero e alguma crueldade. Mas que os "fachos" (não os fascistas) ainda por aí existem, disso não tenho a menor das dúvidas!

(O Estado Novo não foi um regime fascista. Era uma ditadura disfarçada de "democracia orgânica" que, sendo inspirada no fascismo, nunca adotou as caraterísticas últimas da fórmula original italiana. Há quem o qualifique de "fascismo sem movimento fascista", para dizer que Salazar terá ficado à porta da implantação dos mecanismos próprios de um verdadeiro fascismo, que o "nacional-sindicalismo" de Rolão Preto melhor representaria. Dito isto, não tendo sido uma ditadura sangrenta ao nível das suas homólogas alemã, italiana ou espanhola, não deixou de ser um regime sinistro que perseguiu, torturou e prendeu milhares de cidadãos, tendo deliberadamente liquidado, de forma fria e impune, muitas dezenas dentre eles. Além disso, a ditadura portuguesa foi responsável por uma política colonial sem sentido, que sacrificou gerações de portugueses e africanos, tendo atrasado a inevitabilidade das independência das colónias, alimentando uma guerra inútil em três frentes, sem ter procurado negociar uma solução política que pudesse ter limitado ou faseado o êxodo dos nacionais portugueses emigrados nesse "império" desfasado no tempo.)
 
Voltando aos "fachos". O Estado Novo acabou há quatro décadas, mas continua a haver por aí nostálgicos dos tempos da ditadura ou "democratas" que lhes estão bem próximos. Novos e velhos, do "discurso do taxista" a alguns blogues, de alguma imprensa de província a colunas em certas folhas de cujo nome não me quero lembrar. Por isso, continuo a encontrar boa razão para chamar "fachos" a essa gente. São os denegridores do 25 de abril, os desculpabilizadores de Salazar e da "ordem nas ruas" dos tempo da ditadura, os do "isto só lá vai com uma nova ditadura", os vilipendiadores da luta dos oposicionistas contra o Estado Novo, que quase sempre ficam à porta de dizerem que "pena foi que não tivessem engavetado mais comunas", os que acham que foi o PCP que matou Delgado (ou então usam o cínico "o assunto nunca ficou bem claro..."), que juram a pés juntos que Mário Soares pisou a bandeira nacional em Londres, que viram o Otelo a levar às costas o caixão no enterro de Salazar e outras insanidades similares. A liberdade de que hoje usufruem protege-os para poderem dizer aquilo que lhe dá na real gana. E ainda bem!
 
A iniciativa de dar o nome de Humberto Delgado ao aeroporto de Lisboa, como já se previa, fê-los emergir na linguagem de alguns, nas ácidas reticências imediatas à iniciativa (que logo veremos até onde chegam...), nos comentários tremendistas dos sites de jornais ou nos blogues, quase sempre a coberto do persistente anonimato que revela a sua espinha dorsal e que diz muito do país que (afinal também) somos. Eles aí estão, minhas senhoras e meus senhores: os "fachos"!    
 
(Ilustro este post com uma fotografia de Salazar tirada por Rosa Casaco, chefe da brigada da PIDE que assassinou Humberto Delgado em 13 de fevereiro de 1965)

30 comentários:

Anónimo disse...

Os ditos que aponta no seu terceiro parágrafo são obviamente tontos e facilmente desmontaveis. A ideia de dar o nome de Humberto Delgado ao aeroporto não fica atrás na tontice.

Por mim pode muito bem dar-se o nome de Humberto Delgado ao aeroporto. No dia em que a ponte voltar a chamar-se Ponte Salazar.

Nunca esqueça algo, caro Embaixador. Já é real hoje em dia mas muito mais o será com o rolar dos tempos. Humberto Delgado será alguém conhecido apenas em Portugal e cada vez menos. O Dr. Oliveira Salazar terá sempre direito pelo menos a um verbete em qualquer enciclopédia de história universal.

Questão de estaturas.

Anónimo disse...

Eu também acho que a ponte Salazar deveria continuar a ter o nome de origem. Em princípio sou contra os de-baptismos políticos. A Ponte Vasco da Gama é que deveria chamar-se Ponte 25 de Abril. Quanto ao Aeroporto da Portela, que tem o nome do sítio onde se encontra, nada obsta a que receba o nome de uma personalidade ilustre como foi Humberto Delgado. Francisco Sá Carneiro é que nunca deveria ter recebido o nome de um aeroporto, tendo em atenção a maneira como morreu. A estação de Campanhã seria muito mais indicada. Mas qualquer dia, Boliqueime passa a chamar-se Cavaco Silva, Massamá Passos Coelho e Feira Paulo Portas.
JPGarcia

Anónimo disse...

Alfredo Barroso, que me não é antipático, é um bocadinho excessivo nos seus posts caricaturais e histriónicos teve, por uma vez, razão. Vitorino em Belém seria o Proença de Carvalho do PS a facilitar negócios para o grande capital.
Bruxelas, onde resido para mal dos meus pecados, guardou uma boa imagem do Comissário Vitorino, credível, lúcido e inteligente.
Vitorino é porém o homem que nunca está disponível para avançar nos momentos difíceis e que tem um discurso como socialista, que faz lembrar as piscadelas de olho de Luis Amado à direita, vidè os elogios recentes a Moedas.
É altura de reconhecer que Vitorino é uma figura respeitável do passado e que é preferível, até por razões de coerência pessoal, que continue a navegar no mundo das empresas de que é digno representante.

Pedro disse...

A meu ver o regime caído em 1974 deve ser denominado substantivamente como fascismo, porque se inseria na matriz comum italiana, alemã, espanhola, brasileira, argentina e croata e adjetivamente como salazarista pois, como qualquer outra, tinha caraterísticas específicas, na maior parte resultante de circunstâncias histório-culturais, da idiossincrasia do ditador ou das circunstâncias políticas. Como todos os outros fascismos, o fascismo salazarista procurou penetrar e moldar a vida das pessoas dentro da sua própria casa, sendo por isso um regime totalitário e não meramente autoritário, Outra coisa é tê-lo conseguido ou não pois todos os fascismos acabaram por ser inconseguidos ( como diz a outra) e felizmente, dado que em cada esconço se manteve a resistência... Não vejo necessidade de branqueamentos mesmo que alguns os possam encarar como políticamente convenientes ... Afirmo mesmo que o branqueamento do termo fascismo pela peculiaridades de cada um além de uma monstruosidade lógica não passa de uma mistificação...

ignatz disse...

mais de 1/2 dos comentários deste blogues são conversa de "facho" e o autor escreve artigos de opinião no "observador" que é a coisa mais progressista que surgiu nos últimos 40 anos.

Anónimo disse...

Diz bem: o Estado novo acabou há quatro décadas e Humberto Delgado foi morto há cinco décadas. Parece-me tempo mais do suficiente para que todas as homenagens relevantes tenham sido feitas. Se não se fizeram, culpe-se quem as devia ter feito e não quis ou não foi capaz. A Esquerda (que gosta de se apropriar da "democracia"), esteve no governo deste país e das suas cidades muito tempo. Se homenageou os "seus" heróis, a coisa está feita; se não o fez, foi porque não quis.

Temos a ponte "25 de abril". Não bastava: era preciso ainda uma praça. Temos uma praça Humberto Delgado mas não basta: é preciso um aeroporto. Mais ridículo do que isto só com o Vasco da Gama que, de um aquário, passou, em 98 a ter mais uma ponte, uma torre e uma escola.

Entretanto, Eça de Queirós é nome de ruela nas traseiras do Marquês de Pombal; o Brasil tem uma avenida de terceira importância e D. João II é nome de fria rotunda junto à Expo. Mas para os políticos estão guardadas todas as boas avenidas, as zonas centrais e nobres das localidades. Neste país, em vez de Avenidas ou Praças de Portugal, temo-las da República. Sintomático...

Chamar Humberto Delgado ao aeroporto pode parecer "justo" perante outros exemplos nacionais mas é, em si mesmo, estúpido: é uma homenagem desproporcionada (desaparecida a geração que viveu a ditadura, a figura esvazia-se), desfasada no tempo (passaram cinquenta anos) e deslocada em relação à realidade atual (HD não gera identificação da população).

As estruturas da importância de aeroportos não podem estar ao sabor de apadrinhamentos políticos, de conjunturas políticas, nem da necessidade de aparecer na foto que muitas figuras têm. Nem HD é uma personagem histórica como JFK ou Charles de Gaulle, irra!

Quanto à história dos fachos e dos fascistas, (tal como na dos "cubanos" da autoria do rei das bananas), um ou dois processos por difamação metidos a tempo talvez tivessem posto alguma ordem no disparate.

Sorte a nossa que, ao contrário de alguns países, não temos uma "flor" oficial, senão, já se sabia qual teria de ser...

patricio branco disse...

está curiosa a fotografia, um tanto sinistra, a roupagem, as luvas, o saca rolhas, o debruçar-se sobre a garrafa para lhe arrancar a rolha.
nostálgicos há em quase todos os sítios, ainda há na italia nostálgicos da era mussoliniana (que paz e segurança e educação havia então), há na russia os nostálgicos da urss comunista (vida segura, emprego e casa garantidos para a grande maioria que não contestava o regime).
os fachos, boa palavra simplificando, o mesmo processo que leva a comunas, reaças.
vai ser interessante o debate sobre a proposta humberto delgado para a portela, não tanto ao nivel de opinião publica, opiniões individuais, mas entre os políticos, onde quer que se faça (assembleia municipal? conselho de ministros? parlamento?).
e que sairá da boca de cavaco silva (espero que dê a sua opinião).
boa proposta de antonio costa, com muitas facetas.

Joaquim de Freitas disse...

Tudo dito e muito bem dito, Senhor Embaixador , com a clareza que aprecio sempre.

A semente do fascismo ficou na terra, os "fachos" são a terra que está sempre pronta para o fazer crescer. "A la rigueur", prefiro combater o fascista declarado que os "fachos" que recusam o nome de família, mas que se declaram "compreensivos" e "democratas", e que na realidade fazem a cama do fascismo.

Resta que o fascismo pode muito bem chegar ao poder "par défaut" , como no passado, em certos países ocidentais, aproveitando a nossa democracia pela qual combatemos no passado.

As elites burguesas e não só, parecem ter esquecido o esquema que presidiu à emergência dos regimes fascistas.
Se a Europa não sai duma guerra mundial, ela encontra-se numa situação de crise económica, que mesmo se ela é latente se aproxima numa certa medida da de 1929.

As políticas de austeridade assemelham-se como duas gotas de água àquelas que foram impostas imediatamente após a crise de 1929, e o pessoal politico está tão desacreditado como o da época, enquanto que a extrema direita se desenvolve em todos os países europeus.

Neste período menos violento, vemos a semente das milícias neo fascistas organizarem-se e começar a agir .
Mesmo se a história não se repete e que ela não tem leis imutáveis, frequentemente, as mesmas causas dão os mesmos efeitos.
Com a crise, e a austeridade consequente, multiplicam-se as tensões imperialistas e o empobrecimento da classe trabalhadora reforçou-se.

Neste contexto, mesmo se recuso o fatalismo, pois que a história não se escreve antecipadamente, é preciso tomar a medida do perigo e lutar. Os partidos de esquerda devem , para isso, voltar à sua vocação da transformação socialista da sociedade.

Não é possível continuar a aceitar que uma minoria de 1% da sociedade possua 50% da riqueza das nações.
Se retiramos os 1% dos mais ricos e os 20% "menos ricos", resta 5,5% das riquezas a partilhar entre 80% da população!

Denunciar e combater esta situação é o dever dos socialistas.

Portugalredecouvertes disse...


Acredite que li "tachos" quando vi fachos!
deve ser do tracinho que aparece no t e no f...

Joaquim de Freitas disse...

Mas claro que tem razão, o sr. Zuricher :

Adolf Eichmann ficará para sempre na história, como o sinistro organizador da morte industrial nazi , o homem da logística da solução final. E terá direito ao tal verbete!

Enquanto que o nome das vítimas, os 6 milhões de vítimas, o seu nome será perdido nas brumas do tempo e da história.

Salazar terá o seu verbete na enciclopédia de história universal ? Certamente, sr. Zuricher, ele ficará na mesma página de Eichmann, com letras mais pequenas, (questao de estatura) a página dos carrascos da humanidade.

O General Humberto Delgado ficará na página das vitimas do fascismo, como Federico Garcia Llorca, fuzilado em Espanha, como o General Humberto Delgado, mas em Granada , por militantes franquistas, símbolo da vítima dos regimes totalitários.

Majo disse...

~
~ ~ Aprecio as suas assertivas análises políticas e sociais, porque me identifico com elas.

~ ~ Parece-me importante assinalar positivamente, o sentido concordante que preside, na atualidade, à seleção de topónimos e batismos afins; em oposição a algumas opções apaixonadas e disparatadas exercidas num passado próximo.

~ ~ Ponte da Vitória, da Liberdade, do Descobrimento, das Descobertas, do Trabalhador... Excepto o nome vigente que é uma falta de nexo que a todos constrange.

~ ~ Congratulo-me com a homenagem ao destemido general, cujo heroísmo merece não ser esquecido.

~ ~ ~ Dias felizes. ~ ~ ~
.

Anónimo disse...

O post de Catinga (que nick repelente) deixou-me a pensar num pormenor que não é nada dispiciendo. Os países que optam por dar nomes a aeroportos, se optando por figuras políticas, baptizam os das suas capitais com nomes de figuras realmente de proa nas suas sociedades, governantes reconhecidos com uma muito grande unanimidade em cada país.

Em Madrid, Adolfo Suarez, um baptizado recente.
Em Paris, Charles de Gaulle.
Em Atena, Eleftherios Venizellos.
Em Istambul, Ataturk.
Em Tel-A-Viv, Ben Gurion.
Em New York, JFK.
Na Cidade do Mexico, Benito Juarez

Etc. etc, etc.

Em Portugal está a discutir-se dar ao principal aeroporto do país o nome de alguém que teve uma presença política fugaz e sem consequencias, que apenas ficou conhecido por uma frase feliz, o "obviamente demito-o", nunca foi presidente do conselho, nunca foi um estadista, ou seja, ao lado dos que dão o nome a aeroportos de capitais por esse mundo fora, um zé ninguém. Para mais um nome que não é consensual na sociedade Portuguesa e gera divisões perfeitamente desnecessárias.

Mas, pensando melhor... Não será precisamente a celeuma criada o objectivo de António Costa para esconder o vazio de ideias? Enquanto se perde tempo com nimiedades esquecem-se as coisas realmente importantes e isto convém às mil maravilhas a Costa.

Anónimo disse...

Se o Embaixador acha que não houve fascismo, então, também é facho. Parece-me lógico.

Isabel Seixas disse...

Acho cada vez mais que se deve honrar a memória dos que souberam dizer não e perderam a vida a lutar contra as desigualdades gritantes e o estupro dos direitos humanos.


Acho o post pertinente.
Aguardo com expectativa que António Costa faça da criatividade e empreendedorismo um instrumento para delinear estratégias para repor a esperança num país que promova a acessibilidade à educação, à saúde, ao emprego à cultura, com consequente redução percentual "significativa da pobreza".

Também me identifico com os comentários de alguns comentadores, especialmente com Joaquim de Freitas e Patrício Branco.

Anónimo disse...

identificar subliminarmente de fachos os opositores à ideia de chamar ao aeroporto de Lisboa de HD não foi feliz nem elegante
a grande figura de HD merece respeito e não deveria ser manipulada a torto e direito conforme a conveniência de momento
por outro lado, dar o nome de uma figura local ao aeroporto tem um sabor latino americano algo parolo que não fica bem (esteticamente, no sentido filosófico)
sim de gaulle, sim kennedy, ... mas isso são figuras de envergadura mundial, certo? são outro campeonato
NCaiado

Correia da Silva disse...

Muito bem.

- Este "post" , provocou incómoda azia, aos FACHOS ANÓNIMOS .

Anónimo disse...

Zuricher, você conseguiu o espantoso feito de (tentar) ofender alguém com cuja opinião concorda. Nem quero imaginar como trata aqueles de quem discorda, meu deus...

De qualquer forma, passando ao lado da escusada rudeza, agradeço-lhe ter-me dado mais argumentos para expor esta perfeita estupidez de ideia.

Veloso,o frecheiro disse...

Assumo-me como materialista-dialético. Nessa qualidade,pergunto:porque não dar o nome do General Humberto Delgado ao novo aeroporto de Lisboa,a construir no Montijo,Ota ou lá onde quiserem?Porque a Portela já não recebe aviões da última geração e a Ana precisa de uma irmã virgem!!!E se acontece a tragédia de quem ninguém fala, nos céus de Lisboa,numa aterragem ou descolagem? Eu sei,o culpado será o Sócrates...

Anónimo disse...

Zuricher é um analfabeto puro e duro. Já agora também tenho propostas para nomes de aeroportos:
Bragança: Abade de Baçal; Chaves. Presuntex; Viseu: António Alves Martins; Guarda: Batem Leve Levemente: Covilhã:Manuel da Silva Ramos; Castelo Branco: Queijo Queimoso; Portalegre: Mouchão; Faro: Mendes Bota: Évora:Fialho; Setúbal: Miguel Frasquilho; Lisboa: Faducho; Caldas da Rainha: Manguito; Elvas: Badajoz à Vista; Coimbra: Lampreia de Penacova; Lousã: Bombeiros Involuntários;Pampilhosa da Serra: Tony Carreira; Vila Nova de Poiares: Chanfana; Manteigas: Feijoca... Vila Real de Trás-os-Montes: Pastelaria Gomes.

Anónimo disse...

Caro Cating, não, de todo, não tive a mais mínima intenção de o ofender e reparei que estamos de acordo. Limitei-me a fazer notar que o seu nick não é propriamente algo que traga pensamentos agradaveis ao espírito, nada mais. Quanto ao argumentário, naturalmente que estamos de acordo.

Mas se quer um argumento mais, ou seja, um aeroporto, este talvez algo mais notório por ser um sítio de onde não se espera bom senso, o aeroporto de Mogadishu, capital da Somália, chama-se Aeroporto Aden Ade, em memória do primeiro presidente da Somália.

Majo disse...

~
~ ~ Fiquei deveras admirada por publicar todo o lixo, fato que parece divertir alguns medíocres. ~ ~
~ ~ ~

Anónimo disse...

Jesus, o que para aqui vai! Imagino o autor do Blogue a rir-se, baixinho, lá na Lapa! Duas menções apenas provocaram uma azia do catano nos fachos da Porcalhota: Humberto Delgado e Fachos.

Anónimo disse...

A verdade é que poucos se assumiam como tal.
Tirando os bronco-legionários sobravam uns poucos, alguns até bem preparados e que posteriormente fizeram o seu “aggiornamento”, que tinham alguma graça a perorar sobre os malefícios de democracia.
O que me aflige são os neo-fachos.

Anónimo disse...

Ó Majo, aqui não há fatos, apenas faCtos! A secção de moda é noutro blog.

Anónimo disse...

Já que Costa pretende dar o nome de Humberto Delgado ao Aeroporto, que o dê ao de Beja, elefante branco deixado no meio do Alentejo por Sócrates que via nele as resmas de turistas que viriam de todo o Mundo. Ainda estamos à espera delas.

Unknown disse...

Bom dia
Caros senhores
Afinal so fascismo nazismo etc houve ou nao stalinismo,mortes e desterro aos milhoes \eu sei que e tudo passado e este nao volta Quanto aos fachos snr embaixador.muitos deles passaram melhor viraram a casaca para o socialismo entre 25 a 30 de abril,Entao os militares oh meu deus,Eu fiz o servico militar na guine Nao vou indicar nomes por pudor Olhe que seria uma lista de esquerdista a toda a prova.Quanto ao aeroporto,ttalvez o de santa maria, Acores pois foi o General que negociou com os amreicanos, a sua construcaodigo eu

Unknown disse...

Snr embaixador
desculpe Eu nao goste de escrever anonimo,em toda a minha vida ja um pouco longa sempre coloquei o meu nome Liberal Correia
obrigado

Anónimo disse...

Tambem classificado como fascismo clerical por um sociólogo frances, o que nada tira ao sinistro e retrógrado regime. Quanto ao aeroporto não precisa de nome mas de ser substituído.
Fernando Neves

Carlos Fonseca disse...

A azia dos "fachos", a que prefiro continuar a chamar fascistas, continua. Não há Kompensan que lhes valha.

Rui Geraldes disse...

A direita tem aquela coisa soberba de ganhar termos com o passar dos tempos. Agora é neo-com, que poderá ser uma forma de evolução activa do termo "facho".
No fundo soa um bocadinho melhor, com um toque de modernismo.
Por outro lado, a esquerda nunca foi tão sortuda. Talvez a evolução semântica não tenha sido tão acentuada.
Mas penso que já era altura de se pensar em qualquer coisa.
O seu blogue tem imensa piada, o que nem sempre é facil de conseguir ao abordar certos temas.
Um abraço.

Agostinho Jardim Gonçalves

Recordo-o sempre a sorrir. Conheci-o no final dos anos 80, quando era a alma da Oikos, a organização não-governamental que tinha uma extraor...