Faço parte de várias tertúlias. Nenhuma delas tem uma agenda de intervenção pública, mas em todas aprendo coisas úteis. Como regra, congregam pessoas, homens e mulheres, que se sentem bem a falar umas com as outras, mesmo se oriundas de círculos muito diferentes e com perspetivas, políticas e não só, às vezes contrastantes. Algumas dessas tertúlias são semanais, outras acontecem todos os meses, outras "quando o rei faz anos". Umas são temáticas, outras de mero convívio, às vezes com copos e vitualhas à mistura.
A tertúlia é uma magnífica terapia contra o sectarismo, a bem da tolerância. Ouvir os que pensam de forma diferente da nossa enriquece-nos. Conversar com quem connosco partilha identidades conforta-nos. O fim de ciclo de uma tertúlia começa a pressentir-se quando os debates se transformam em discussões acaloradas. Já assisti à diluição de algumas tertúlias de que fiz parte, algumas vezes com pena, outras com alívio. Mas sou um "tertuliano" militante, confesso.
4 comentários:
não há nada como conversar, ou reunião-nos para conversar. há as fechadas, as abertas, as por convite, as tertúlias, quero dizer. e quando estão esgotadas, terminam naturalmente, as boas
Pode sugerir aos leitores alguma tertúlia na qual nos sugira participar?
Entre o trabalho, os filhos e as actividades destes, tempo para tertúlias é que não tenho. Muito longe disso.
Os meus maiores deram-me o nome de Tertuliano, mas confesso que nunca participei em nenhuma tertúlia. Lá gorei os desejos de meus pais...
Peço que arranjem uma tertúlia cá para o Tertuliano em que se manjem uns tortulhos ou, à falta deles, uns míscaros ou umas cherovias.
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