Se estiver interessado, pode aqui ver o "Olhar o Mundo", o programa de António Mateus na RTP, em que tive o gosto de participar neste fim de semana.
Nele foram abordados temas como a situação na Ucrânia, o braço-de-ferro entre a Grécia e a União Europeia, a decisão do Tribunal Penal Internacional para a ex-Jugoslávia de isentar a Sérvia e a Croácia do crime de genocídio, bem como a evocação dos 25 anos da libertação de Nelson Mandela e o seu efeito sobre o mundo exterior.
No programa foram também afloradas questões como as conversações entre Portugal e os EUA sobre a base das Lajes, a decisão americana de enviar tropas para o terreno para combater o Estado Islâmico, o novo momento entre Washington e Havana, os efeitos da seca e a crise política no Brasil, a suspensão das eleições na Nigéria por virtude dos ataques do Boko Haram, bem como a desestabilização dos Estados da Ásia Central por radicais islâmicos.
9 comentários:
Gostei muito da calma olímpica com a qual analisa o problema ucraniano. Tem razão, Senhor Embaixador, quando diz que um diplomata deve conservar o seu optimismo. Ainda bem que existem homens que , na tormenta, sabem ser optimistas.
Pensei nos políticos americanos que participaram à Conferência sobre a segurança em Munique, que trataram de "conneries" (como traduzir ?) os esforços de Madame Merkel e de François Hollande, para convencer Putin a discutir da crise na Ucrânia.
A coisa mais terrível a propósito dos imbecis americanos, é que não lhes vem sequer à ideia que poderiam estar doutrinados. São clowns Orwelianos que crêem que a guerra é a paz, que a escravatura é a liberdade, e que a verdade é aquela que se lhes sussurra.
Serguei¨Lavrov deplorou a falta de independência dos Europeus sobre a sabotagem sistemática da ordem internacional por Washington. Fê-lo com argumentos lógicos e provas históricas.
Os EUA estúpidos, eles, substituem os argumentos racionais por slogans e acusações. Cegados pela sua própria propaganda que acabam por crer. Estão satisfeitos deles mesmos... Dieu bénisse l'Amérique !
O problema quando se lida com vassalos, é que não podem mudar de rumo, mesmo se ainda lhes resta alguma capacidade de pensar por eles mesmos e de constatar que a perspectiva que se lhes propõe é mais justa ou mais sensata.
Este é o problema que a Rússia tem nas suas relações com Washington e os seus aliados europeus sobre o conflito na Ucrânia.
Ao que parece florescem Syrizos com facilidade.
Há dias ao conversar com um médico oftalmologista num grande hospital, falou-se da Grécia e dos caridosos e preocupados portugueses em doar mais uns 300 biliões€.Por causa destes politiqueiros eu que toda a vida estudei, ganho 1.750€. Sabe, na Grécia um taxista cego a conduzir, já viu? Lembrei-me de JR dos Santos RTP.
Por estas e por outras...
Cumps.
Tantos Syrizos que floresceram por aí.Há dias conversando com um médico oftalmologista num grande hos+pital.
Um taxista cego na Grécia a conduzir, já viu? Lembrei-me de JR dos Santos RTP.Eu com tantas responsabilidades e que estudei toda a vida levo para casa 1500€ e uns bondosos portugueses ainda querem doar mais 300 biliões € à minha custa.
Cumps.
Sr. Joaquim de Freitas:
Também gostei muito deste post, e do seu comentário.
Agora, ( desculpe o plágio) ponha o capacete. Vai ser flagelado, pelos mercenários a soldo dos USA.
Caro Embaixador,
É com gosto e interesse que sou um leitor assíduo do seu blog. Conheci a si e ao seu blog após uma conversa com um colega meu, que vivia na altura em Rouen, em França.
Para quem gosta de diplomacia, o seu blogue é, sem dúvida, uma excelente enciclopédia. No entanto, não é só a diplomacia o que me "prende" à leitura do seu blogue, mas sim todos os artigos e opiniões que vai inserindo.
Porém, em relação ao programa "Olhar o Mundo" gostaria de chamar à atenção para o facto de , não ter sido o Tribunal Penal Internacional Para a Ex-Jugoslávia (ICTY) a ilibar ambos os países ( Croácia e Sérvia) mas sim o Tribunal Internacional de Justiça (ICJ ou CEJ) . Como pode comprovar no seguinte link http://www.icj-cij.org/docket/files/118/18422.pdf. O Tribunal Penal Internacional, como referido na peça, nunca poderia condenar os estados, mas sim apenas os indivíduos.
O tribunal que surge na reportagem é o Tribunal Internacional de Justiça, representado pelo seu juiz presidente Peter Tomka.
Por curiosidade, o jornal expresso também cometeu este erro institucional, de confundir ambos os tribunais.
Desde já, espero que este comentário seja produtivo.
Com os meus melhores cumprimentos,
Sr.Embaixador Seixas da Costa :
Se me permite, gostava de "roubar" a foto deste post, qual azulejaria Portuguesa do século XXl.
Cordiais e Patrióticos cumprimentos
Filhos e enteados
Helena Matos
Um perdão como aquele que agora a Câmara de Lisboa se propõe conceder ao Benfica torna-se um insulto a todos aqueles que ao mesmo município pagaram o que tinham de pagar.
Senhor Correia da Silva : Vou plagiar também o nosso Embaixador, que me respondeu um dia que não tinha capacete mas dispunha dum para raios !
Os EUA são mestres na arte de criar mercenários e lacaios por toda a parte onde passam e/ ou se instalam. Com os sacos de dólares que trazem conseguem sempre mobilizar os esbirros de que necessitam para executar os seus crimes.
A atitude do " sou mais virtuoso que vos todos" que Washington afirma à face do mundo é tão fabricada e gasta que Washington não é agora só desprezada, mas mesmo escarnecida. Os povos não receiam mais a "super potência" quando riem das suas estúpidas acções, dos políticos desconcertantes e da sua hipocrisia absoluta.
Washington é como um bêbado num bar que procura a rixa , o conflito! Fanfarrona , mas nem a Rússia nem a China vão permitir não importa quê a um peralvilho que estaria financeiramente falido se não imprimisse de dia e de noite a moeda universal, e está militarmente esticado !
Ao Sr. opjj: das 11:56
A fraude fiscal na Europa é duas vezes superior à dívida de todos os países da zona euro... Já pensou nisso?
Como aceitar o discurso dos adeptos da austeridade que, como já se provou, não resolve o problema da dívida, e que pensam que esta é devida ao número de funcionários, às despesas públicas e à solidariedade nacional demasiado generosa ?
Pode-se produzir mais, sempre mais, e ainda mais, mas se não houver uma partilha equitativa das riquezas criadas, não há crescimento. E então sim, para equilibrar as contas, que sabemos impossível, alguns pensam que só sacrificando a alimentação , a saúde, a escola, o futuro da nação, será possível acabar com a dívida.
E se confiscássemos os haveres que dormem nos paraísos fiscais e metêssemos na cadeia os que defraudam o fisco , particulares e empresas?
E se considerássemos, uma vez para sempre, que o salário mínimo se conjuga facilmente :
1- O que permite de viver dignamente.
2- O que permite de erradicar a pobreza.
3- Proteger a perda dum emprego.
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