À hora de almoço, chegou-me a notícia: morreu o Jorge Fagundes.
A última vez que estivemos juntos foi há quase um ano, com o seu grande amigo José Vera Jardim e o Eduardo Graça, à volta de umas cervejas, numa esplanada, numa tarde quente do fim de Julho de 2009, depois do funeral de Palma Inácio. Em Dezembro, porque tinha acabado de sair do hospital, já o não consegui "convocar" para o jantar anual do Procópio, lugar onde era visitante cada vez mais incerto, mas sempre muito saudado.
A última vez que estivemos juntos foi há quase um ano, com o seu grande amigo José Vera Jardim e o Eduardo Graça, à volta de umas cervejas, numa esplanada, numa tarde quente do fim de Julho de 2009, depois do funeral de Palma Inácio. Em Dezembro, porque tinha acabado de sair do hospital, já o não consegui "convocar" para o jantar anual do Procópio, lugar onde era visitante cada vez mais incerto, mas sempre muito saudado.
O Jorge Fagundes era um "bom gigante", uma figura amável e bem disposta, que conheci através do Nuno Brederode de Santos, com quem sempre o ouvi cruzar velhas e divertidas histórias de Campo de Ourique. Advogado de causas, defendeu presos políticos durante a ditadura, como Saldanha Sanches, Carlos Antunes ou Isabel do Carmo. Pertenceu à CDE de Lisboa, nas eleições de 1969. Após abril, veio a andar por áreas políticas bem à esquerda, tendo sido diretor do jornal "Página Um", uma publicação próxima do PRP. Acabo de saber que também foi fundador e candidato autárquico do Bloco de Esquerda.
Sportinguista sem quaisquer limites de tolerância, foi presidente da Federação Portuguesa de Futebol, numa direção a que, se não me engano, pertenceu também Marcelo Rebelo de Sousa. Não esqueço uma chamada telefónica de solidariedade que dele recebi, num momento especial da minha vida.
Sportinguista sem quaisquer limites de tolerância, foi presidente da Federação Portuguesa de Futebol, numa direção a que, se não me engano, pertenceu também Marcelo Rebelo de Sousa. Não esqueço uma chamada telefónica de solidariedade que dele recebi, num momento especial da minha vida.
Um abraço, Jorge!
4 comentários:
Só soube agora, também.
Foi um bom amigo meu embora, nos últimos anos, os nossos contactos fossem esparsos.
Tal como ao Embaixador, contei com ele num momento difícil e ele não me faltou.
Era um Homem de grande verticalidade e coragem.
Contava uma excelente história, que garantia ser verdadeira, sobre o leão do Marquês (estátua e Praça) ícone do sportinguismo militante.
Grande Jorge.
Um grande amigo, mesmo que não nos víssemos há muito tempo... Andávamos em 73 pelas esquerdas da CDE, quando eu fazia um vago estágio de advocacia e ele, já advogado há anos, me disse um dia: "Tens que atender um cliente! Nunca viste um cliente..."
Mandou-me o cliente. Depois de o receber, compreendi definitivamente que nunca viria a ser advogado...
Grande Jorge Fagundes! Outra geração, mesmas lutas, e depois... víamo-nos raramente, os nossos percursos divergiram, mas sempre na fidelidade às nossas memórias comuns!
Junto-me comovidamente à evocação do Jorge Fagundes. Muitas vezes discutimos por mor da política, mas, mais ainda, por causa do nosso Sporting.
Estava em Badajoz, a prepara os exames com os meus alunos na Universidad de Extremadura. Só soube da morte dele quando aqui cheguei, como faço quase diariamente.
Não tenho cumentado, com o, nada ultimamente. Hoje, porém, não podia deixar de fazê-lo.
Um abraço, Jorge, que bem o mereces, Amigo.
Afago
Envoltos
No véu etéreo
Inspiramos o afago sério
E Acariciamos espíritos revoltos
O voo dos amores que amamos
Erigimos
Saudade na estante
Perplexa da partida estanque
E Nós também fingimos que partimos
Na partícula travessa da semente
Isabel Seixas
Olá Pai
Hoje saímos do Poio
Onde os medronhos não embebedam
E ao passar no figueiredo
A cortinha
Volta a ser Nossa... Atmosfera
No cruzeiro
A casa da avozinha
Doi de abandono
E o avozinho é o eco derradeiro
Impotência
Do choro do cisne, canto brejeiro
E nós
Das cinzas não fomos capazes
De soerguer charneiras
Aos tempos áureos de ratoeiras
Sagazes e Sós
Que nos sonegaram o espaço,audazes
Mas Tu
Continuas a florescer
Nos sorrisos incondicionais
Dos teus amigos, alguns sem dentes
A viver demais
Lúcidos sóbrios racionais dementes
Em S. Martinho
Estás lá de estrela cadente
Com os avós tios Fernando os Primos
Pousado chilrear subtil comesinho
Presente
A pairar num céu Teu e da tua Gente
Tua filha
Isabel
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