sábado, dezembro 26, 2009

O caminho das Pedras


Lá estive, em frente ao portão, fechado com cadeado, a mostrar-nos uma entrada com o chão revolto. Obras ou simples desmazelo? Nem me passa pela cabeça que não se trate das primeiras. De dentro - basta olhar! - transpira um ambiente de estarem a decorrer, com entusiasmo e empenhamento, trabalhos magníficos, para cumprir, com o máximo rigor, o calendário anunciado. Sob o olhar atento dos poderes públicos, locais e nacionais, quero também crer. Enfim, um mundo ideal!

É que, como já se percebeu, com a Unicer no comando, e a julgar pelo passado, haverá, com certeza, Pedras Salgadas... em ponto!

Em tempo: soube que alguns leitores do blogue, menos dados às subtilezas da ironia e mais propensos a exegeses lineares dos textos, terão lido este post como significando a minha súbita crença na bondade e no entusiasmo da Unicer. Por favor!!!

19 comentários:

Helena Oneto disse...

Não é só em Pedras, hélas, que há cadeados; em Lisboa, capital, centro de tantos 'eventos internacionais' ainda há dezenas de prédios, esqueléticos, carcaças devolutas há anos, com cadeados no que já foram portas á espera de salvação! Se muitos já foram reabilitados, ainda restam muitas dezenas a salvar no coração da capital. Se Pedras doem, com imensa razão, Lisboa não pode continuar assim...

Anónimo disse...

Ja agora ,o Palacete em Cabanas de Viriato que pertenceu ao Dr .Aristides Sousa Mendes ,continua fechado com cadeados e em completa ruina uma dor de alma sempre que passo e vejo.

Continuaçao de Boas Festas .

Carlota Joaquina

Correia de Araújo disse...

Um tema que aqui deve ser profusamente lembrado... e reivindicado!
Obrigado, Senhor Embaixador!

Helena Sacadura Cabral disse...

Ah! se o país falasse!
Diria que a projectos megalómanos e de capital intensivo, preferiria a requalificação das habitações degradadas que abundam por neste rectângulo à beira mar plantado.
Diria que isso empregoaria a mão de obra desocupada e preservaria o património nacional.
Mas o país já não fala e daqui a pouco já não pensa...

Helena Sacadura Cabral disse...

E eu daqui a pouco não sei escrever.
Errata:"...abundam neste rectângulo".
"...isso empregaria".
Desculpem. Penso mais depressa do que escrevo...

Anónimo disse...

O caminho das pedras...

Repousam deliberadamente
E sem Querer...
Sigilos
De toda uma População e uma Gente
Impedidos
Por insidiosa velada e Só patente
Perdidos
Em réstias de poder apagado ardente
Urdidos
Sem direito inalienável concludente
Banidos
Do que é Nosso por planta e Semente
Infringidos
Os legados que Terra tem em Mente
Defendidos
Os Filhos que Honram Estoicamente

O Caminho Das Pedras

Doces de lá da Nomenclatura Salgadas
Onde aonde Todas candura
Sagradas
Residem na bonança da agrura
Amargas
De um presente que um futuro augura
Ilhargas
Forças que o Povo exige a ventura
Estradas
Que conduzam ao usufruto da Natura

E há Sempre Alguém
Que Vela...
O Caminho Das Pedras
No silêncio
Dos gritos das Árvores Ancestrais
Como Quem Espera...
Até se preciso for...
Pela Dureza da Guerra
Em defesa pela coragem...
De Amar esta Grande Terra
Não Está Sozinho Somos Muitos Mais
Atentos ao seu chamado Ancoragem
Luta preservação Terra Nossos Pais
Isabel Seixas

Bem Haja

Anónimo disse...

Acredita, Sr. Embaixador, que as Pedras poderão algum dia voltar a ser uma sombra do que já foram?

Tenho as minhas dúvidas, especialmente quando vejo tantos interesses envolvidos e tantos prazos por cumprir.

Boas Festas, com a família possível.

Helena Oneto disse...

A propósito de desmazelo, vale a pena ler/ver no "O Carmo e a Trindade" : http://carmoeatrindade.blogspot.com/2009/12/retrato-de-um-portugal-em-ruinas.html

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,
Ai se as pedras falassem...
Tantas queixas elas me fariam, de quando há três anos, deambulei pelos caminhos e atalhos, das terras da Beira Alta.
Ai se elas falassem...
Tantas e mais do que muitas mágoas me contavam...
Casas senhoriais com escadas e varandins de granito que bons canteiros as trabalharam.
Casas que à volta delas havia ramadas e vinhas até ao lameiro no vale.
Aquelas casas e outras por toda a Beira Alta foram casas do Aquilino Ribeiro e sei lá mais que outras figuras ilustres que as habitaram.
Tudo completamente abandonado sem vida até o chilrear da passarada não se ouvia.
Lameiros, vinhas abandonados e matas queimadas.
Por Santa Comba, por Tondela, por Mangualde e até à minha Serra da Estrela tudo se quedava igual.
A estação de caminho de ferro da minha terra, Gouveia, os comboios, apitavam mas não paravam.
Encontrei velhos, nas aldeias, sentados nas soleiras das portas à espera que o criador os leve para outro mundo.
Achei-me, só, perante todas as misérias que observava um fantasma e perturbador daquele silencio sepulcral.
Portugal rural que foi e hoje o não é.
O tempo é de mudanças e nefasto quando os homens mudam, o curso, para o lado mau.

Julia Macias-Valet disse...

Obrigada Helena pelo link.

Existiu à mais de 20 anos uma Pos-Graduaçao na Escola Superior de Belas Artes de Lisboa em "Conservaçao e Recuperaçao de Edificios e Monumentos", infelizmente essa pos-graduaçao ja nao existe. Mas é pena, porque "ha pano para mangas" em Portugal.

O problema é que enquanto no nosso pais os politicos eleitos façam julgamentos como o que se pode ler no blogue : Avenida da Saluquia 34 no post "Patrimonio e Turismo" de dia 3 de Dezembro de 2009 , nao iremos longue...

Anónimo disse...

Por Isabel Ventura, a "O caminho das Pedras"! Tão sinuoso!

Exmo. Sr. Embaixador, lendo o seu comentário em tom irónico sobre a actual situação, lembro palavras que alguém como anónimo já neste local escreveu e que eu transcrevo: “é no mínimo estranho que a empresa/grupo visado neste belíssimo texto do Sr. Embaixador ainda não tenha reagido. É que em Portugal as reacções costumam ser muito 'originais': Estamos de consciência tranquila...; Estamos a cumprir com o protocolo/acordo outorgado; Cumpriremos com os compromissos assumidos; etc., etc.,etc..
Ora, se no caso presente não há contraditório - (não são eles quem gosta deste termo?) - o que significa???”. Estas palavras foram escritas em 4 de Setembro de 2009. Eu acrescento, que faz o poder local reeleito por mais 4 anos? Resignado? Amorfo? Também de consciência tranquila?
Quando vou poder voltar a permanecer os meus 15 dias de férias de saúde, dentro deste lindo e maravilhoso espaço Termal?
Sr. Embaixador, conheço as suas intervenções, a sua vastíssima cultura, creio no seu esforço, no seu poder político,no amor que tem pelas suas Termas, vou esperar, vou estar atenta, vou continuar a participar, apelando neste seu Blog.
Bem-haja por tudo o que até agora tem feito.
Para o Sr. Embaixador e toda a sua Família desejos de um Bom Ano 2010.

Isabel Ventura

Anónimo disse...

Artigo de José Padrela no Expresso.
É lamentável, que sendo Portugal um País onde o seu Povo é de brandos costumes, não exista coerência entre Políticos que deveriam ser responsáveis pela Governação.Na verdade apenas assistimos a uma sistemática luta de galos, onde todos querem galar as galinhas e recolher os ovos. A imprensa não pode ir realizar trabalho onde grandes empresários também contribuem para ajudar a afundar a triste economia das Regiões. Exemplo: Basílio Horta (AICEP) e Pires de Lima (UNICER) do CDS de Paulo Portas, conseguem ludibriar o Governo PS de José Sócrates. Falsas promessas de um projecto PIN e adiamentos sistemáticos de entendimento com os Autarcas de Vila Pouca de Aguiar e Chaves (PSD) último mandato, colaboram no atraso da recuperação do Termalismo do Alto Tâmega, Projecto AQUANATTUR. É caso para perguntar ao Deputado Dr. Paulo Portas porque não fala deste na Assembleia da República? Porque não chega ao programa Prós e Contras em debate sobre o Termalismo deste país? O Parque Termal de Pedras Salgadas está fechado desde 2006 e o recuperado Balneário vai abrir em Maio de 2010 sem uma única cama para alojamento, dentro e fora das Termas, é no mínimo surrealista! Por este caminhar quem irá defender as futuras Regiões? Antigamente só se falava de Fátima, Fado e Futebol, agora a festa continua mas com outros nomes! Porque é que a Imprensa não serve tudo e todos? O Circo lá tem o Palhaço Pobre e o Rico. O Povo: Ri! Ri! Ri! Ri! Pelo menos tem momentos de esquecimento!

Anónimo disse...

Meu caro anónimo de 5 de Janeiro, não diga o que é que os outros podem fazer pelo "seu parque termal" mas antes: o que o Senhor já fez por ele, deixe-me adivinhar... N A D A.

Anónimo disse...

Estamos a 18 de Março e lamentavelmente podemos verificar, que o andamento das obras dentro do Parque Termal é notoriamente lento. Em Maio dizem abrir o Parque e o Balneário Termal, mas o que irá abrir afinal se estamos a mês e meio da data de abertura? Onde vão ser instalados os possíveis Aquístas, se em Pedras Salgadas não existe uma simples unidade hoteleira? Que vergonha Senhores Políticos locais, é que nem os Senhores fazem nada por esta Terra, mentiram para ganhar eleições, assistimos a contos e promessas, de realidades zero.

Isabel Ventura disse...

Este fim-de-semana tive a oportunidade de passar por Pedras Salgadas. Naturalmente que a razão principal que me levou a esta lendária Terra foi a de ver como iam os trabalhos dentro e fora do lindo Parque Termal.
Surpresas positivas poucas: apenas constatar a realização de alguns trabalhos dentro do Parque.
De muito negativo: destruíram uma linda piscina e em troca um tanque diminuto de água fria, em local muito pouco adequado. Balneários deste tanque, tapando a visão da Fonte que tem o nome de Pedras Salgadas, lamentável gosto de Siza Vieira, que já não surpreende, com a conivência de todos os Políticos, os que apoiam e os que ficam calados.
Surpresa quando já não vejo a Pensão do Parque, local que no PIN previa um investimento válido, se me perguntarem se aquele edifício me deixa saudades, direi que não, reconheço que aquele espaço sem ela fica mais airoso. Mas agora pergunto e para onde vão ser canalizados os investimentos previstos na sua recuperação? Não vi trocas!
O novo lago certamente para os velhos saudosistas lhes irá fazer recordar tempos antigos, se for acompanhado com o que na mesma época existia, minimiza a falta da piscina. Mas será que vale a troca? Aguardemos!
Sei que estão a pintar as fontes, para abrir, o balneário esse já se sabe que está pronto, apenas a inauguração oficial falta, a pompa para mais uma placa nela colocar nomes gastos pela mediocridade. Que um dia vai para o lixo como as que lá estavam, atitude nada digna, porque esses mereceram-na.
Pergunto: e camas para deitar Aquístas?
Chalet, Vila Adriana, Serviços Sociais onde iria ficar o Aparthotel, Garagens, Bazares, Casa de Chá, apenas lhe limpam o lixo dos telhados e pintam paredes! Grande feito!
Hotel Universal continua lixeira, porque não o deitam fora? Novas promessas? Porque não fica ligado ao Parque? Alargaram Vidago, porque não aproveitam o que têm na Terra de onde sai o OURO?
Cá fora, Senhores Políticos, nem se limpa, nem se suja, pior que tudo é nada fazer.
Pires de Lima sabe com quem lida, que não lhes restem dúvidas!
Quando o Povo se sentir mais cansado, só a lei da força lhes resta, paralisar a fábrica e mudar os Políticos, mas este Povo tem sido de brandos costumes, no entanto o passado não diz o mesmo, a fome um dia os vai obrigar.
Tão cedo não volto a Pedras Salgadas, venho deprimida.

Anónimo disse...

nao vai voltar, de certeza que nao deixa saudades a ninguem " D. Isabel". Pessoas que nada fazem só criticam não fazem cá falta, a nossa terra vai de certeza voltar a ser o que ja foi,mas nao foi graças a si.

isabel Ventura disse...

Isabel Ventura, vem acompanhando os comentários neste excelente Blogue criado propositadamente pelo Sr. Embaixador Dr. Francisco Seixas da Costa para procurar atrair ao mesmo o manifesto de todos os que amam Pedras Salgadas.
Curiosamente verifico que este anónimo do dia do dia 13 de Abril certamente não leu o que o Sr. Embaixador escreveu quando deu início a PEDRAS AINDA VIRTUAIS.
Sr. anónimo, uma vez que ficaria satisfeito se eu não voltasse a Pedras Salgadas ou ficasse no silêncio, lhe digo que julga erradamente, porque o único que deveria desaparecer seria o Sr. ou Sr.ª no anonimato, (saia da toca) na medida em que é evidente que com o seu empenhamento Pedras Salgadas tem estado moribunda, porque nem ata nem desata e nem aceita que neste Blogue se escrevam os desencantos daqueles que não concordam com tanto abandono, evidente ao olhar de quem vê e não de cegos, aqueles que o Sr. apoia. Não tem o direito de escrever neste Blogue, retire-se, tenha vergonha, respeite os princípios que levaram o Homem da Terra Dr. Francisco Seixas da Costa a dar início a tão importante debate público.
Sem ele fique ciente que os trabalhos felizmente já iniciados não existiriam, esta luta só vai terminar quando o PIN estiver concluído.
“ (leia, aprenda, cultive-se, antes de escrever eu não vivo no seio do seu analfabetismo, nem cultivo a mediocridade, luto pelo progresso, por melhores dias, para Pedras Salgadas).”
Isabel Ventura.

Isabel Ventura disse...

Isabel Ventura, consultando o site da UNICER para procurar obter alguma informação que me animasse, ex que encontro com data de 09 de Fevereiro do corrente ano, declarações no jornal Diário de Notícias na área da Economia, o que a seguir transcrevo, com efeito negativo.
O presidente da Unicer, António Pires de Lima, lamentou hoje que os projectos turísticos de Vidago e Pedras Salgadas tivessem perdido fundos comunitários e queixou-se da excessiva burocracia do sistema de apoios.
António Pires de Lima anunciou hoje que o Vidago Pálace, um dos hotéis integrados num projecto turístico da Unicer para Vidago e Pedras Salgadas, vai ser inaugurado em Outubro, mas criticou o facto de o atraso na concretização do investimento se ter reflectido nos apoios comunitários.
"De todos os PIN anunciados em 2005 este é o único que foi executado mais ou menos nos prazos previstos", sublinhou o presidente da Unicer, criticando a complexidade dos apoios financeiros para projectos com estas características
Mas "a culpa não é de ninguém", ironizou. "Estamos perante sistemas de apoios demasiados rígidos e burocráticos, não adaptáveis à dinâmica dos investimentos".
A comparticipação comunitária que a Unicer obteve acabou por ser substancialmente inferior às previsões iniciais.
O projecto PIN, incluindo a parte turística e a componente industrial de deslocalização da produção de Vidago para Pedras Salgadas, tinha uma estimativa de investimento de cerca de 50 milhões de euros (metade do qual através de fundos comunitários), mas acabou por atingir 80 milhões de euros.
O projecto foi financiado no âmbito do III Quadro Comunitário de Apoio e devia ter sido concretizado até finais de 2008, mas a tarefa foi, segundo Pires de Lima, "completamente impossível".
"Como não havia qualquer possibilidade de concluir o projecto em apenas dois anos, os apoios transitaram para o QREN e estão agora garantidos apenas nove milhões de euros", afirmou o responsável da Unicer, acrescentando que a empresa está "em conversações com a AICEP e o Turismo de Portugal para encontrar uma solução que reponha a justiça que este projecto merece.
Isabel Ventura, segue comentando:
Vergonha sem vergonha é a posição do ÚNICO responsável pelo estado de execução em que se encontra este PIN, o Dr. Pires de Lima. Quando chegou após era de Ferreira de Oliveira, Homem de princípios e capacidades, não será por acaso que ocupa lugar de destaque na GALP, veio afirmar que este PIN foi feito com o Coração e não com a calculadora. Teve o atrevimento de insultar Ferreira de Oliveira o que é lamentável, demonstrando a falta de capacidade na execução do projecto no tempo previsto.
A preocupação pura deste Sr. é como manobrar, políticos, população, números, reparem caros acompanhantes deste romance, que de 50 milhões a derrapagem passa para 80 milhões, e o curioso é que a obra está muito longe de chegar ao fim, pelo menos assim acontece em Pedras Salgadas na área do turismo, porque na área industrial esta foi realizada em tempo recorde, em Vidago caminha sem paragens, mas só depois de ver o resultado económico dos míseros 70 quartos que o Pálace vai ter para oferecer, vai pensar o que fazer ao tão badalado Hotel Álvaro Siza em Pedras Salgadas. Ainda existe a agravante perda de postos de trabalho locais desrespeitando o dito PIN. Neste capítulo Pires de Lima não faz comentários!
Agora o que é necessário é procurar argumentos para justificar o que neste momento se passa, abrir um Balneário SPA sem uma única cama para receber Aquístas, RIDÌCULO, depois no fim do Verão como os resultados económicos não podem naturalmente ser positivos, volta a justificação para que se feche e voltamos à estaca zero.
Ou o Povo com fome abre os olhos, ou este Sr. Dr. Pires de Lima devidamente apoiado, continua a fazer do Povo, carne tenra para bifes.

Leitor atento disse...

O Escândalo chegou à Assembleia da República.
Deputado questiona o Governo pela deturpação e incumprimento do Projecto Aquanattur no Parque de Pedras Salgadas
(Segue-se transcrição fiel do documento apresentado pelo Deputado José Luís Ferreira do PEV)
Assunto: Projectos Turísticos em Pedras Salgadas e Vidago
Destinatário: Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento
Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República
A Unicer tem em desenvolvimento o projecto Aquanattur nos Parques de Pedras Salgadas e Vidago.
Tendo sido classificado como projecto PIN (de Potencial Interesse Nacional), foi apresentado como uma reconversão desses dois importantes parques termais.
Para Pedras Salgadas, estava previsto um open resort, 2 hotéis (Hotel Avelames e nova unidade), SPA Termal, espaços museológicos, um jardim temático, zonas de comércio e mostra de oficinas artesanais, restauração e eventos.
Para Vidago, estava previsto a reabilitação do Hotel Vidago Pálace, SPA de luxo, alargamento do Campo de Golfe para 18 buracos, zona residencial, pólo de turismo de habitação, extensão de uma fundação e centro de Conferências.
O projecto incluía também a deslocalização da fábrica de engarrafamento das Águas de Vidago para Pedras Salgadas, concentrando a actividade.
Para este projecto pretendia-se conseguir certificação ambiental.
Contudo, os projectos turísticos Vidago e Pedras Salgadas atrasaram-se na construção e não receberam os apoios acordados em 2006. Nessa altura a UNICER, promotora do projecto, tinha garantidos 15 milhões de euros a fundo perdido e 10 milhões de euros de financiamento com taxas de juro zero. Estes 25 milhões de euros de incentivos traduziram-se na prática por um apoio de nove milhões de euros segundo a Unicer divulgou à comunicação social.
Como o projecto não ficou concluído até ao final de 2008, o terceiro Quadro Comunitário de Apoio, ao abrigo do qual tinham sido dados os incentivos, terminou e os apoios transitaram para o QREN, que cobre apenas 10% do total do investimento.
Actualmente, está previsto o Vidago Pálace ser inaugurado a 6 de Outubro de 2010, após ter fechado ao público em Novembro de 2006, com o SPA, o campo de golfe e um parque recuperado. A Unicer entregou a gestão hoteleira ao grupo GLA.
A primeira fase do projecto Pedras Salgadas estará segundo a Unicer, concluída em 2010, com abertura do SPA termal e de um parque com cinco hectares.
Entretanto o acesso ao Parque de Pedras Salgadas continua a estar vedado ao público.
No âmbito da evolução do processo, de acordo com o divulgado pela comunicação social, foi ainda questionada a fruição pública das piscinas, do parque e de outras infra-estruturas.
Assim, ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis, solicito a S. Exª O Presidente da Assembleia da República que remeta ao Governo a seguinte Pergunta, para que o Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento me possa prestar os seguintes esclarecimentos:
1. Que acompanhamento tem sido feito ao projecto Aquanattur, na sua implementação, enquanto projecto de Potencial Interesse Nacional?
2. O Projecto obteve, está em vias de obter ou estão a ser efectuadas diligências no sentido de obter certificação ambiental?
3. Para quando prevê esse Ministério a conclusão do projecto, sobretudo em Pedras Salgadas?
4. Que fruição pública está garantida no que diz respeito aos espaços e infra-estruturas do projecto?

Palácio de São Bento, 15 de Abril de 2010-04-30
(Fim da Transcrição).

Viva o 25 de Abril!

Por esta hora, e nesta precisa data, um grupo de quase duas dezenas de "implicados" no 25 de Abril reune-se numa almoçarada que te...