Hoje à noite, um grupo de "maduros" encontrar-se-á num restaurante lisboeta para saudar o singelo facto de se sentarem, alguns desde há mais de trinta anos, em volta de uma certa mesa do bar Procópio, em Lisboa - um lugar inspirado no "Procope" de Paris. A tal mesa tem, com esforço, oito lugares. O grupo quase 80 pessoas. O bar tem um chafariz à porta, como o desenho naïf que acompanha este post bem documenta.
Por aquele bar e por aquela mesa, passou uma parte - não diria importante, mas interessante - do país das últimas décadas. Também por lá se sentaram, em longas horas de charlas, figuras como Raul Solnado ou José Cardoso Pires, que hoje já nos não acompanham. Por aí se derrubaram, a espadeiradas de ironia, os vários governos que o mercado político produziu.
Hoje à noite, no repasto anual que teimo em organizar há vários anos, lá estarão jornalistas e gestores, diplomatas e cineastas, políticos e advogados, médicos e doentes da bola, professores e actores - numa mescla onde já dominam os cabelos brancos. O que (n)os une? A amizade e a cumplicidade de um tempo comum. E chega.
8 comentários:
Se chega...
Isabel Seixas
Presente!
Desejo um optimo jantar a todos e fico cheia de inveja de não fazer parte dos felizardos maduros!
É uma grande riqueza poder adicionar amizades e poder “cultivá-las”.
Falta mencionar a nossa Alice que sempre soube manter o espírito - variado - daqueles que por lá passaram e passam. Eu comecei na "Outra faca da Lua" a anterior casa dela e do Luís. Depois tranferi-me para outra mesa onde perorava uma esquerda artística onde o Zeto Fonseca e Costa por vezes perorava. E outros que já partiram, infelizmente.
Bom repasto e um abreijo à Alice!
Foi um sucesso! Um acontecimento! Um must! O esplendor procopiano no seu melhor!
Magníficos ovos mexidos com farinheira, bacalhau à lagareiro excelente, vinho a condizer.
O melhor de tudo, claro, são os convivas.
E o imorredoro "Espírito de Xabregas".
Passei e frequentei ambos, o Procópio e a "Outra face da Lua". Hoje já me falta paciência para frequentar o que ficou. Outros tempos.
P.Rufino
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