domingo, dezembro 27, 2009

Alain Decaux


O académico Alain Decaux é uma personalidade que gerações de franceses aprenderam a conhecer pela televisão e pela rádio, onde, durante décadas, divulgou a História, com graça e profundidade. Outros reconhecem-no pelas dezenas de livros que publicou sobre essa temática.

Como um dos quinze membros do júri do "Prix des Ambassadeurs", que anualmente atribui o galardão a um escritor francês, autor de um trabalho no domínio histórico-político, tenho o privilégio mensal de ouvir dele os comentários, sempre de grande sabedoria e conhecimento, com que acompanha os relatórios que apresentamos sobre as obras em análise.

Há dias, quando fiz a apresentação crítica ao júri da obra do antigo primeiro-ministro Edouard Balladur, "Le pouvoir ne se partage pas - conversations avec François Mitterrand", todos pudemos beneficiar, com interessantes histórias e comentários a propósito, da excepcional erudição de Alain Decaux, que foi antigo ministro do governo de Michel Rocard e conviveu com François Mitterrand.

É um raro enriquecimento poder usufruir desta interacção com quem andou por mundos que, para nós, fazem já parte da História.

3 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Será a grande vantagem de já se ter vivido muito. E bem, filosoficamente falando, claro!
Privilégio o seu, Senhor Embaixador, o de poder ouvir um homem que ensinou a pensar muita gente de várias gerações.
Privilégio o nosso, de no-lo lembrar.

João Antelmo disse...

Divulgador e realista, creio que, como historiador, Alain Decaux tem estas duas qualidaes.
Insiste que o historiador é um escritor (no seu próprio caso, também um comunicador atraves dos media) e repete várias vezes que um historiador nunca é objectivo.

Anónimo disse...

Mais Uma personalidade que me apresentou e só hoje pude fazer pesquisa...

Fiquei especialmente interessada nos livros que escreveu, particularmente na revolução da cruz, e el aborto de Dios... que penso encontrar em Espanha,...
Obrigada, pela divulgação/partilha...
Isabel Seixas

Ai Europa!

E se a Europa conseguisse deixar de ser um anão político e desse asas ao gigante económico que é?