quinta-feira, agosto 27, 2009

Portugueses

Curioso o retrato dos portugueses que Joaquim Vital - uma personalidade cultural de quem aqui iremos falar em breve - traça no seu "Adieu à Quelques Personnages" (ed. La Différence, 2004), uma memória de vida e dos outros, livro que há pouco li:

"En général, les Portugais s'evertuent à déprécier leur pays, tout en soulignant son passé épique, et leurs compatriotes, des nains par rapport aux géants de jadis, et ils se prosternent devant "l'étranger", concept fumeux qui englobe l'ensemble des nations développées de la planète, et "les étrangers", chanceux ressortissants de ces contrées imaginaires. Les intellectuels se sont illustrés dans ces exercices d'autoflagellation, et ce n'est pas un hasard si, pour les écrivants du bord du Tage, du Douro ou du Mondego, le fleuve essentiel a été, des siècles durant, la Seine."

4 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

De facto é real esta nossa tendência para a auto - flagelação. Como se vê nas letras dos fados e nessa intradutível palavra "saudade" que tanto nos acompanha.
Para compensar, uns tantos outros - como esta sua fiel admiradora - gostam tanto de Portugal que chegam a amar os seus pequenos defeitos...
Se me fosse dado escolher um país para nascer, não teria, creia, qualquer dúvida na resposta: aqui.
Julgo que a isto se chama de paixão. Ainda bem!

Anónimo disse...

A nossa baixa autoestima, nalguns aspectos é tão visivel e facilmente identificada até por observadores externos,que se torna quase uma caracteristica inerente á nacionalidade Portuguesa.
Também voltaria a nascer em Portugal...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Gosto do “Rectângulo”. Aqui neste cantinho, à beira-mar plantado. Porque sei distinguir entre o mal que nos é feito por quem se devia preocupar mais e melhor connosco - e o que de bom há por cá, nesta tal “figura geométrica”. Não caio em ratoeiras generalistas. Há que saber fazer a destrinça. Assim sendo, também voltaria a nascer por cá, fosse tal possível! Quanto “mai não seja” porque já conheço os cantos à “casa”!
P.Rufino

Jorge Pinheiro disse...

Ainda será assim nas gerações dos 20 anos? Penso que não... Até porque nem sabem de história para poder ter "saudades" do passado.

BOAS FESTAS!

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