Não me seduzem as dinastias, embora tenha o maior respeito pelas famílias. Nunca olhei para Edward Kennedy como o putativo e frustrado sucessor do sonho interrompido dos seus irmãos, essa mitologia aristocrática de "Camelot", construída por sebastianismos de linhagem, que radica numa triste saga de tragédias familiares, explorada à exaustão pelos "media".
Edward Kennedy foi "his own Kennedy", um homem sério, íntegro e digno, que acreditava nos valores de uma América solidária e justa e que, em alguns momentos importantes, teve a coragem de os assumir e afirmar. Como o presidente Obama ontem bem recordou. É por isso, e só por isso, que ele merece o nosso respeito.
Edward Kennedy foi "his own Kennedy", um homem sério, íntegro e digno, que acreditava nos valores de uma América solidária e justa e que, em alguns momentos importantes, teve a coragem de os assumir e afirmar. Como o presidente Obama ontem bem recordou. É por isso, e só por isso, que ele merece o nosso respeito.
2 comentários:
O episódio do carro e da garota morta não abona. Temos todos uma face oculta que se revela nestes momentos. Um grande pequeno homem.
Ora, finalmente, alguém a fazer uma destrinça essencial entre dinastias e famílias. Também eu não gosto das primeiras e sou devota das segundas.
Há poucos anos, numa revista a que presidi editorialmente, escrevi um texto sobre os Kennedy. Cuja fotografia biográfica não aprecio, confesso. Menos, ainda, por serem católicos e disso fazerem um caldo de cultura especial.
Mas que foi uma família pejada de dramas, foi. Possivelmente, tantos quanto a manifesta ambição de "reinar". E isso tolda, de facto, o essencial!
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