quinta-feira, agosto 06, 2009

Benfica

Num jogo desta sua (excelente) pré-temporada, o Benfica fez alinhar, ao que parece pela primeira vez na sua história, 11 jogadores estrangeiros. Nada a dizer, num domínio em que a nacionalidade já hoje é praticamente irrelevante, salvo no caso das naturalizações oportunistas para integrar selecções nacionais.

Só que o caso do Benfica tem, apesar de tudo, uma característica diferente. Durante muitas décadas, a equipa da Luz orgulhava-se de nunca ter recrutado jogadores estrangeiros e terá sido, em Portugal, a última a abandonar essa prática. É claro que eram outros os tempos, tempos em que o pé-de-obra colonial trazia por aí Eusébios, Colunas ou mesmo Costa Pereiras, quase a preços de saldo. A "exploração colonial" tinha estas dimensões mais benévolas.

Neste contexto, seria agora interessante reflectir sobre o que significa este fenómeno da adesão a um emblema, seja quem for que o esteja a representar. Trata-se de um curioso mas complexo processo de construção de afectividade, que deriva de uma total irracionalidade, embora favorecida por factores de natureza conjuntural (região, família, grupos). Aliás, a prova mais irrefragável dessa mesma irracionalidade, assumida frequentemente com ares de seriedade, é detectável na substância do "argumentário"- esse sim, caricatural e supostamente racional - com que o facciosismo pretende explicar as motivações profundas de uma qualquer opção clubística.

Este é um tema fascinante, com a única garantia de ser, como sabemos, o início de uma discussão sem fim.

7 comentários:

JM Correia Pinto disse...

Racionalidade, racionalidade a sério é o Sporting dar uma grande barraca na Holanda e acabar por ser apurado

Anónimo disse...

Completamente de acordo. Mais vale apoiar o Chelsea, Manchester United ou mesmo o Real Madrid. Pelo menos ainda se apoia alguns jogadores portugueses...

Anónimo disse...

Esta águia - desculpe lá - deve ter pousado em Alvalade.

DR

Anónimo disse...

Viva o Sporting de Tourel!

Anónimo disse...

Viva o Sporting de Tourel!

margarida disse...

A águia tem um ar antipático à brava!...
Um dragãozinho é mais fofo...
;)

Anónimo disse...

Só esta águia circunspecta para me convencer da insustentável leveza ternurenta de ser Leão...
Passo a essência do "argumentário"
Isabel Seixas

A Europa de que eles gostam

Ora aqui está um conselho do patusco do Musk que, se bem os conheço, vai encontrar apoio nuns maluquinhos raivosos que também temos por cá. ...