quarta-feira, agosto 19, 2009

Bardot

Gabo a paciência de Daniel Ribeiro que, daqui de Paris, conseguiu extrair uma entrevista, por fax e telefone, a Brigitte Bardot, para o "Expresso".

Nas respostas, vê-se que a senhora está ácida, radical no mau sentido e ferida com um mundo que tão bem a tratou.

Por mim, prefiro recordá-la (pelo menos) assim.

9 comentários:

margarida disse...

...não li, pelo que apenas direi (baixinho) que se está ferida terá as suas razões e o mundo talvez só aparentemente a tenha tratado bem.
Cada um sabe de si e Deus sabe de todos...

Anónimo disse...

Pois de facto essa é a imagem da Bardot que cristalizou, e a que detinha a responsabilidade á época pelo prototipo de mulher bonita.
Deve ter sido dificil manter a performance da imagem criada, com a mudança operada, sem deixar desvanecer a ilusão.
Pessoalmente acho que consigo perceber que o processo natural de envelhecimento é implacavel com alguns arquétipos femininos...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Ainda a recordo assim. Era uma belíssima mulher - a foto do Post comprova-o! Já como actriz, poder-se-á dizer que terá ficado algo “aquém” de outras figuras (femininas) que o Cinema francês, à época, consagrou. Mas não vou por esse caminho. Não sou, nem pretendo ser, crítico de cinema. Se o tal mundo a tratou bem, ou não, caro Francisco, que sabemos nós sobre isso? Você sabe? Eu não! Quanto ao “Expresso” ir tentar extrair uma entrevista da dita, realmente (!), a propósito de quê?? Não li, nem vou perder tempo a ler, quer o dito Semanário, quer a dita entrevista. B.B. foi o que foi, como actriz e como mulher. Mal, ou bem, boa, ou menos boa, actriz. Deixem-na em paz - agora que vive o “Inverno” da sua vida. Defeitos todos os temos, teve ela, temos todos, apesar de “alguns” assim não o entenderem...”such is life” (for them). Lá terá as suas razões para estar zangada com o dito mundo. Respeitemos a senhora. E já agora, chegou a ter um busto como símbolo da República, tal como outras que lhe sucederam (e antecederam?). Não foi?
Quanto aquela sua “dedicação”, que não sei se ainda se mantém, relativa à protecção dos animais, sempre a achei patética, não tanto pelo objectivo, mais pela forma como a geriu, talvez - mas quem sou eu, ou os outros para achar tal coisa? Que o “Expresso” se “interesse” pela dita senhora, hoje, é realmente extraordinário! Com tanta coisa que nos preocupa, quer por cá, quer mesmo por esse Mundo fora! Enfim, opções jornalísticas, quem se respeitam – todavia.
P.Rufino

Jorge Pinheiro disse...

Preferimos todos.

T D disse...

la bardot,

la brigitte,

je la préfère - encore et toujours - comme une lolita a chanter du gainsbourg

ou, alors dans un film des années 60.

CARLOS CRISTO disse...

Estou consigo !

Helena Sacadura Cabral disse...

E eu também. Lembro-a como era. Pulposa e bonita. Fez o que quiz e viveu como lhe apeteceu, acreditando que "Et Dieu crea la Femme". Que faria Vadim, agora? Estaria, certamente, casado com um garota comtinuando a procurar nela a sua Bardot.
Quanto à acidez ela vem do envelhecimento. Do corpo. Da perda da beleza. Um dia isso vai passar e ela voltará a amaciar.
Lembro-me dos tabús que rebentou e estou-lhe grata por isso!

Anónimo disse...

Inspirou o "je t'aime moi non plus", fez "Et Dieu crea la femme", "le mépris", "la femme et le pantin"... So por isso: merci BB!

Anónimo disse...

É uma execrável personagem, que só valia pela imagem efémera que os realizadores e fotógrafos construíram a partir do seu corpo.
Gosta de animais? Talvez; gosta mais de animais do que de homens, como o seu ácido e amargo racismo comprova.
O descalabro físico acompanhou o envelhecer e o refinar do ódio que nutre pelos que são diferentes.
É a anti-Dorian Grey.

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