quarta-feira, novembro 02, 2011

Liberdades

Há dias, falámos aqui das ações de grupos integristas católicos que tentam pôr em causa a liberdade de expressão no Théâtre de la Ville, em Paris, a propósito de uma peça aí representada.

Na noite de ontem, e na óbvia sequência da abordagem irónica de temas islâmicos no último número da publicação humorística "Charlie Hebdo", as instalações deste jornal, também em Paris, foram incendiadas.

O radicalismo religioso integrista tem ser combatido com todas as armas da liberdade, a principal das quais é a lei. A mesma lei que agora impede que Julien Assange, o fautor do WikiLeaks, se não socorra do falso argumento da defesa da "liberdade de informação" para escapar a um outro processo criminal, por acusações de outra natureza, movido num Estado que, como a Suécia, tem um sistema judicial acima de toda a suspeita.

Cada coisa no seu sítio.

5 comentários:

Anónimo disse...

quem defende hoje a democracia quando todos os versos terminam na palavra capital?


bh

Antunes Ferreira disse...

Lá volto eu, sob a ameaça de me tornar calino. Terrorismo é terrorismo, assassínio á assassínio, roubo é roubo.

Mas intolerância, radicalismo, fundamentalismo são igualmente crimes.

Dura lex, sed lex. Oxalá a montanha não para um rato.

Helena Sacadura Cabral disse...

Por princípio defendo que a esfera da política - que rege a nossa vida em sociedade - não se deve misturar com a esfera religiosa - que rege a nossa vida espiritual - sem que ambas saiam prejudicadas.
Defendo o mesmo em relação à oficialização dos feriados católicos, que continuam a existir entre nós, apesar de sermos um Estado laico.
Trata-se de resquícios injustos para outras religiões, que criam divisionismos desnecessários.
Deduz-se, assim, o que penso de países em que o radicalismo religioso é a norma e a religião é governo. Absolutamente lamentável.

babao disse...

Depois do desaparecimento de "Hara Kiri" é agora a vez de "Charlie Hebdo" disparaître en fumé...C'est bête et méchant : (

A.Teixeira disse...
Este comentário foi removido pelo autor.

Netanyahu

Tal como vários dos seus contrapartes já fizeram, seria interessante que Luís Montenegro anunciasse que, se Benjamin Netanyahu puser um pé e...