Há dias, falámos aqui das ações de grupos integristas católicos que tentam pôr em causa a liberdade de expressão no Théâtre de la Ville, em Paris, a propósito de uma peça aí representada.
Na noite de ontem, e na óbvia sequência da abordagem irónica de temas islâmicos no último número da publicação humorística "Charlie Hebdo", as instalações deste jornal, também em Paris, foram incendiadas.
O radicalismo religioso integrista tem ser combatido com todas as armas da liberdade, a principal das quais é a lei. A mesma lei que agora impede que Julien Assange, o fautor do WikiLeaks, se não socorra do falso argumento da defesa da "liberdade de informação" para escapar a um outro processo criminal, por acusações de outra natureza, movido num Estado que, como a Suécia, tem um sistema judicial acima de toda a suspeita.
Cada coisa no seu sítio.
5 comentários:
quem defende hoje a democracia quando todos os versos terminam na palavra capital?
bh
Lá volto eu, sob a ameaça de me tornar calino. Terrorismo é terrorismo, assassínio á assassínio, roubo é roubo.
Mas intolerância, radicalismo, fundamentalismo são igualmente crimes.
Dura lex, sed lex. Oxalá a montanha não para um rato.
Por princípio defendo que a esfera da política - que rege a nossa vida em sociedade - não se deve misturar com a esfera religiosa - que rege a nossa vida espiritual - sem que ambas saiam prejudicadas.
Defendo o mesmo em relação à oficialização dos feriados católicos, que continuam a existir entre nós, apesar de sermos um Estado laico.
Trata-se de resquícios injustos para outras religiões, que criam divisionismos desnecessários.
Deduz-se, assim, o que penso de países em que o radicalismo religioso é a norma e a religião é governo. Absolutamente lamentável.
Depois do desaparecimento de "Hara Kiri" é agora a vez de "Charlie Hebdo" disparaître en fumé...C'est bête et méchant : (
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