Sou manifestamente contra a…proibição das touradas; agora “revistas”, mantendo-se o espectáculo, mas sem carnificina, ou seja, do “lado de cá”(Portugal) pôr fim ás bandarilhas, mantendo o toureio a pé e a cavalo, assim como a “pega”, esta já no fim, depois do boi estar cansado (evitando-se a tal sangria para lhe retirar ânimo, fúria e força), do “lado de lá” (Espanha) pondo-se fim à morte do touro na arena (ou abate, pois é disso que se trata), de resto manter todo o espectáculo do toureio também. Concordam? Põe-se fim à crueldade, mas mantém-se o espectáculo. Aqui fica uma sugestão construtiva. Tenho sempre azar aos radicalismos. Foi o tabaco, agora o fim das touradas. Ora, como vêem, há sempre outras soluções, intermédias, que no caso das touradas as podem salvaguardar, sem ferir susceptibilidades. Albano
Eu, que não gosto de touradas, sou contra a proibição. Quem acompanhou de perto esta questão sabe que o problema não é "a civilização" é mesmo o "anti-castelhano". Curiosamente o DN de hoje diz que o ano passado apenas se realizaram na Catalunha 21(?) touradas e que o número de espectadores tem vindo a diminuir. Deixem a coisa morrer de morte natural. Tudo isto vem no seguimento da declaração de preocupação(?) do alcaide de Barcelona durante o Campeonato do Mundo de Futebol pr haver tantas bandeiras espanholas na cidade. Pode ser que, depois do "ridículo" pronunciamento do Tribunal Internacional sobre a declaração unilateral de independencia do Kosovo se tenha aberto a Caixa de Pandora. A ver com atenção.
Questão de somenos importância: os animais são-nos inferiores? Questãozita de nada: se fosse o inverso, como nos sentiríamos? Questão absurda: eles não sentem, não sofrem, não merecem compaixão nem respeito? Questãozeca: os animais são 'coisas'? Até no sentir o universo, na percepção da ética, no entendimento dos outros (seres)há forçosamente evolução. Esperemos, condoídos, que cheguem à revelação da verdade, do óbvio, dos valores essenciais do que nos faz, supostamente 'humanos'. Sugiro, com humildade, mas com a certeza de uma epifania, a leitura de "Manifesto dos Animais", de Marc Bekoff. Depois voltaremos a conversar. Com paciência e em paz.
Percebo perfeitamente que o senhor embaixador, que é transmontano, veja com entusiasmo, ainda que contido, a proibição das corridas de touros na Catalunha. Bem sei que no norte de Portugal as corridas, pelo menos no formato que é mais comum, não despertam o interesse que por elas temos no sul. Só no concelho de Moura, que é o meu, há quatro grupos de forcados. Touros à parte, a verdade é que o nacionalismo catalão se desforra de Madrid e afia as facas para outras lutas. E se me permite o descaramento, e caso não esteja mesmo interessado em ver uma corrida ao vivo (o sul de França é sítio excelente para tais iniciativas), desafio-o a uma ida ao youtube. Sugiro três nomes: José Tomás, Sebastian Castella ou Enrique Ponce.
Caro Santiago Macias: durante anos, discuti com o meu amigo Alvaro Guerra sobre touros e touradas. Eu atirava-lhe à cara com o dever progressista de nos opomos à barbaridade primtiva das corridas. Ele, eriçava-se na defesa da beleza do espetáculo, da nobreza do ato, da força da natureza que presidia à celebração. Nunca nos convencemos. Anos depois, na discussão do Tratado de Amesterdão, decidi fazer uma aliança com os espanhóis, com vista a conseguir juntar uma declaração ao tratado que, por portas e travessas, pudesse garantir a proteção do toureio. Fi-lo porque achei ser o meu dever como servidor de um Estado que permitia o toureio (e ninguém me instruiu a isso) mas não pode convicção. Não gosto de touradas, não "sinto" a corrida e, muito sinceramente, acho que o mundo caminha no sentido da sua desaparição - a prazo, claro. Não posso é dizer isto diante do meu amigo Jorge Sampaio...
Os argumentos do Alvaro Guerra (com quem discuti doutros "actos de nobreza") são exatamente os mesmos do meu amigo JCP quando me falava de toureiros e de Hemingway. É, a meu ver, a faceta marialva comum a estes três escritores de quem gosto muito!
"Proposta por 180 mil cidadãos da plataforma "Prou!" ("Basta!", em catalão) em defesa dos animais. "
Subscrevo desde logo... O Sr... Claro, a querida Maggie não conseguiria expressar de forma mais sensível e adequada(Esta Senhora dos Aflitos), as Balsâmicas Helenas ...
Meu Deus...
Como gostava que este post fosse um noticiário, cá em casa é.Leitura obrigatória através da minha voz... Não? Pelo menos não perco oportunidades de me sentir civilizada. Isabel Seixas
12 comentários:
Pessimista, Senhor Embaixador?
Dever-se-à homenagear uma atitude descarada de anti-espanholismo?
Proibir touradas não é ser anti-espanhol, é ser civilizado.
Sou manifestamente contra a…proibição das touradas; agora “revistas”, mantendo-se o espectáculo, mas sem carnificina, ou seja, do “lado de cá”(Portugal) pôr fim ás bandarilhas, mantendo o toureio a pé e a cavalo, assim como a “pega”, esta já no fim, depois do boi estar cansado (evitando-se a tal sangria para lhe retirar ânimo, fúria e força), do “lado de lá” (Espanha) pondo-se fim à morte do touro na arena (ou abate, pois é disso que se trata), de resto manter todo o espectáculo do toureio também.
Concordam? Põe-se fim à crueldade, mas mantém-se o espectáculo. Aqui fica uma sugestão construtiva. Tenho sempre azar aos radicalismos. Foi o tabaco, agora o fim das touradas. Ora, como vêem, há sempre outras soluções, intermédias, que no caso das touradas as podem salvaguardar, sem ferir susceptibilidades.
Albano
Eu, que não gosto de touradas, sou contra a proibição.
Quem acompanhou de perto esta questão sabe que o problema não é "a civilização" é mesmo o "anti-castelhano".
Curiosamente o DN de hoje diz que o ano passado apenas se realizaram na Catalunha 21(?) touradas e que o número de espectadores tem vindo a diminuir. Deixem a coisa morrer de morte natural.
Tudo isto vem no seguimento da declaração de preocupação(?) do alcaide de Barcelona durante o Campeonato do Mundo de Futebol pr haver tantas bandeiras espanholas na cidade.
Pode ser que, depois do "ridículo" pronunciamento do Tribunal Internacional sobre a declaração unilateral de independencia do Kosovo se tenha aberto a Caixa de Pandora.
A ver com atenção.
Questão de somenos importância: os animais são-nos inferiores?
Questãozita de nada: se fosse o inverso, como nos sentiríamos?
Questão absurda: eles não sentem, não sofrem, não merecem compaixão nem respeito?
Questãozeca: os animais são 'coisas'?
Até no sentir o universo, na percepção da ética, no entendimento dos outros (seres)há forçosamente evolução.
Esperemos, condoídos, que cheguem à revelação da verdade, do óbvio, dos valores essenciais do que nos faz, supostamente 'humanos'.
Sugiro, com humildade, mas com a certeza de uma epifania, a leitura de "Manifesto dos Animais", de Marc Bekoff.
Depois voltaremos a conversar.
Com paciência e em paz.
Prou!
Prou!
Prou!
Percebo perfeitamente que o senhor embaixador, que é transmontano, veja com entusiasmo, ainda que contido, a proibição das corridas de touros na Catalunha. Bem sei que no norte de Portugal as corridas, pelo menos no formato que é mais comum, não despertam o interesse que por elas temos no sul. Só no concelho de Moura, que é o meu, há quatro grupos de forcados.
Touros à parte, a verdade é que o nacionalismo catalão se desforra de Madrid e afia as facas para outras lutas.
E se me permite o descaramento, e caso não esteja mesmo interessado em ver uma corrida ao vivo (o sul de França é sítio excelente para tais iniciativas), desafio-o a uma ida ao youtube. Sugiro três nomes: José Tomás, Sebastian Castella ou Enrique Ponce.
Caro Santiago Macias: durante anos, discuti com o meu amigo Alvaro Guerra sobre touros e touradas. Eu atirava-lhe à cara com o dever progressista de nos opomos à barbaridade primtiva das corridas. Ele, eriçava-se na defesa da beleza do espetáculo, da nobreza do ato, da força da natureza que presidia à celebração. Nunca nos convencemos. Anos depois, na discussão do Tratado de Amesterdão, decidi fazer uma aliança com os espanhóis, com vista a conseguir juntar uma declaração ao tratado que, por portas e travessas, pudesse garantir a proteção do toureio. Fi-lo porque achei ser o meu dever como servidor de um Estado que permitia o toureio (e ninguém me instruiu a isso) mas não pode convicção. Não gosto de touradas, não "sinto" a corrida e, muito sinceramente, acho que o mundo caminha no sentido da sua desaparição - a prazo, claro. Não posso é dizer isto diante do meu amigo Jorge Sampaio...
Entre 1936 e 1939 teria havido touradas em Espanha? E na Catalunha, em especial?
Sobre GO (EB) tem livros mais interessantes.
Os argumentos do Alvaro Guerra (com quem discuti doutros "actos de nobreza") são exatamente os mesmos do meu amigo JCP quando me falava de toureiros e de Hemingway. É, a meu ver, a faceta marialva comum a estes três escritores de quem gosto muito!
"Proposta por 180 mil cidadãos da plataforma "Prou!" ("Basta!", em catalão) em defesa dos animais. "
Subscrevo desde logo...
O Sr... Claro, a querida Maggie não conseguiria expressar de forma mais sensível e adequada(Esta Senhora dos Aflitos), as Balsâmicas Helenas ...
Meu Deus...
Como gostava que este post fosse um noticiário, cá em casa é.Leitura obrigatória através da minha voz... Não? Pelo menos não perco oportunidades de me sentir civilizada.
Isabel Seixas
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