Através do blogue do Alexandre Abrantes, acabo de saber da morte de João Vieira, um nome grande da pintura portuguesa contemporânea. Os críticos e os biógrafos encarregar-se-ão de lhe traçar um último retrato. Como homenagem pessoal, limito-me apenas a olhar, com admiração, para uma parede da minha casa, onde uma obra dele, adquirida já há alguns anos, me transmite a viva alegria das suas cores e dos seus traços fortes.
Paris foi uma cidade a que João Vieira esteve sempre ligado, desde que aqui chegou em 1957, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Trabalhou com Arpad Szenes e aqui criou, com outros artistas, a revista KWY. Paris seria, aliás, uma cidade que nunca saiu dentro de si e onde regressou sempre.
Há menos de um ano, João Vieira teve a amabilidade de me convidar para comissário internacional da iniciativa SINAIs DOURO, um projecto que há muito acalentava, destinado a dar projecção a algumas belíssimas ermidas da zona duriense, associando-lhes trabalhos de artistas estrangeiros. Por razão das ocupações da minha vida errante, devo confessar que não pude, porventura, estar à altura das suas expectativas sobre a minha contribuição para aquela que era uma obra generosa e de grande interesse. Iniciativa que, agora, sem ele, duvido que possa ir adiante. Às vezes, as pessoas são mesmo insubstituíveis.
Em tempo: são de João Vieira os magníficos vitrais colocados na Sé Catedral da minha cidade natal, Vila Real.
Paris foi uma cidade a que João Vieira esteve sempre ligado, desde que aqui chegou em 1957, como bolseiro da Fundação Gulbenkian. Trabalhou com Arpad Szenes e aqui criou, com outros artistas, a revista KWY. Paris seria, aliás, uma cidade que nunca saiu dentro de si e onde regressou sempre.
Há menos de um ano, João Vieira teve a amabilidade de me convidar para comissário internacional da iniciativa SINAIs DOURO, um projecto que há muito acalentava, destinado a dar projecção a algumas belíssimas ermidas da zona duriense, associando-lhes trabalhos de artistas estrangeiros. Por razão das ocupações da minha vida errante, devo confessar que não pude, porventura, estar à altura das suas expectativas sobre a minha contribuição para aquela que era uma obra generosa e de grande interesse. Iniciativa que, agora, sem ele, duvido que possa ir adiante. Às vezes, as pessoas são mesmo insubstituíveis.
Em tempo: são de João Vieira os magníficos vitrais colocados na Sé Catedral da minha cidade natal, Vila Real.
2 comentários:
Acaba de me dar uma tristíssima notícia. Conheci o João e gostava muito dele. Tenho, aliás, uma pintura sua, maravilhosa, do tempo numérico. Está entre um desenho do Arpad que me foi dado pela Maria Helena Vieira da Silva quando dirigi financeiramente - em representação do Banco de Portugal - o seu Catalogue Raisonnée e um António Botas, lindíssimo, que adquiri na véspera da sua morte.
A impressão que me fica é a de que ultimamente os meus amigos pintores vão sendo progressivamente esquecidos. Cito Nikias, Escada, Noronha, Sá Nogueira, Nuno Siqueira, Bual, Dourdil, para só falar dos que possuo e de que pouco oiço falar.
Espero que não aconteça o mesmo com outros como Tamayo ou Manessier, que tantos sacrifícios me custaram, porque esses são estrangeiros.
Enfim, tem sido um ano difícil, este, que me tem levado gente que tanto estimo.
Choro a morte de João Vieira. Tenho no meu quarto uma pintura sua, linda!
Ana Morais
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