sexta-feira, dezembro 09, 2016

O mel de Putin


No discurso politico usado na campanha eleitoral, Donald Trump deixou sinais claros de uma simpatia pelo estilo de liderança de Vladimir Putin. Era óbvio que o fazia para sublinhar o contraste com o modelo Obama, acusando este de fraqueza e de falta de ambição na promoção dos interesses americanos. Daí a ser prenunciada uma entente Obama-Putin, com impacto à escala global, foi um passo fácil para os futuristas de pena ligeira.

O modo como Putin lidera a Rússia tem muito a ver com a circunstância de o fazer num país que se sente visivelmente humilhado pelo modo como terminou a Guerra Fria com o Ocidente. O facto das fronteiras da NATO e da União Europeia terem sido levadas, em poucos anos, até escassas centenas de quilómetros de Moscovo é uma reversão estratégica que a Rússia nunca aceitou. A sua população olha o estilo de Putin, e até às suas ousadias (na Geórgia e depois na Ucrânia, com o flagrante sucesso da Crimeia), como uma desforra ao desafio e ao “cerco” que entende existir à volta do país. E é com orgulho que deve olhar a ação militar na Síria, num Médio Oriente onde Moscovo nunca havia sido um ator no terreno, encenando, embora de forma limitada, uma espécie de “remake” do poder global que a URSS um dia foi.

Num mundo onde o conceito de “democracia”, de que ninguém ousa curiosamente afastar-se, é interpretado do modo mais diverso e antagónico, o modelo russo, a que alguns chamam já “democratura” (de democracia e ditadura), surge como apelativo para alguns – eleições com limitações, pressão sobre os media, fragilização da separação de poderes, intimidação ou repressão sobre opositores, etc. Estados como a Turquia ou mesmo a Hungria, para já não falar da Bielorrússia ou do Azerbaijão ou de todas as Repúblicas da Ásia Central, vão, embora a ritmo diferente, nesse caminho, que quase sempre incorpora uma clara personalização do poder.

O que não deixa de ser curioso é o que se passa entre nós, em Portugal, no que toca a uma sedução caricata em torno de Putin. Alguns setores, que tanto se ercarniçam - e com razão - contra o sectarismo dos Bálticos ou a brutalidade israelita, absolvem alegremente as distorções dos valores democráticos pelo “putinismo”, fecham os olhos à carnificina de Aleppo, valorizando apenas o combate russo ao desequilíbrio estratégico global pós-Guerra Fria. Sem o assumirem explicitamente, o seu raciocínio é caricaturalmente este: se Putin desagrada àquilo de que não gostamos (a NATO, a prevalência do poderio americano, uma ordem no Médio Oriente condicionada por Israel), então “que viva Putin!”. Putin significa autoritarismo e desprezo pelas regras da democracia “burguesa”? Pode ser quem sim, mas isso é apenas um despiciendo detalhe para quem, bem lá no fundo, nunca acreditou que isso fosse o essencial.

13 comentários:

Unknown disse...

Na Síria tem que se torturar muito os factos (a ingerência constante e criminosa da França, Inglaterra e por trás os EUA) para acusar seja quem for de carnificina.
Criminosos que deviam ser julgados no tribunal da Haia, mas que serão desculpados pelas barbaridades recentes do Putin, que para torturados profissionais dos factos vai servir de culpado e justificador para tudo o que foi cozinhado pelos invasores profissionais de tudo o que seja país vulnerável-

Anónimo disse...

Para mim o essencial são as injustiças e desgraças cometidas pela Nato, pelos americanos e ocidentais, que desde o fim da Urss trataram boa parte do mundo como se fosse deles. Sobretudo em torno da Europa. Ja sabemos claro que nao convem criticar demasiado os Eua. Os Eua sao bons amigos e tem capacidade para pôr de rastos a maior parte de quem se lhes oponha, em pouco tempo. Os Eua defendem alegremente (como alguns atlantistas ai da praça publica) que o Assad é mau mas vendem armas a essa gente de bem que é a Arabia Saudita e amigos. O Putin é terrivel. Pois nao é la grande coisa. Mas parece fazer por aquilo que deveriam ser os interesses ocidentais, mais do que a Nato. Ainda me lembro de ver vexa a aplaudir as intervençoes na Libia e a revolta na Siria. Compreendo, na altura era o nosso homem em Paris, e Portugal nao tem peso nestas coisas de qq maneira. Contraria-las sairia mais caro. Sobretudo no doloroso momento para economia portuguesa em que estavamos, e em que precisavamos desesperadamente de apoio frances, ou outro, contra as loucuras alemãs.

Ca, temos a sorte de ter uma populacao muçulmana reduzida ao contrario de muitos paises do centro da europa. Paises onde sem duvida havera racismo. Mas a regressao nos costumes de parte da populacao muçulmana desses paises é evidente. Boa parte dos muçulmanos de hoje são muito mais retrogrados do que eram os seus pais. Por razoes diversas. Sendo essenciais, a meu ver (posso estar enganado), duas: o estarem em territorios dos quais sentem nao fazer parte (tanto por racismo local, como por isolamento, ha os dois casos) como pela presença e pregaçao de imams radicais adeptos de versoes retrogadas do islao como o salafismo o wahhabismo etc, e que sao financiados, eles e as suas mesquitas, por paises como o Qatar,a Arabia Saudita e afins. Conheci em França um eritreu muçulmano que chegou à Europa via Libia e que seguiu o seu caminho para Alemanha. Ao longo do tempo fui me dando conta que foi sendo rodeado por gente ligada a irmadade muçulmana, endoutrinado sobre o que é o bom muçulmano etc. A propaganda dos paises do golfo destroi o islao rural pacifico e primitivo que muita desta gente traz consigo. O embaixador escreve um artigo sobre o mel de Putin. Escreva mais sobre o Qatar e afins.

http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2015/11/ataques-em-franca-7.html

(ainda que http://duas-ou-tres.blogspot.pt/2012/12/do-golfo-turquia.html)

No dia em que os europeus sentirem que as elites francesas, inglesas e alemas, deixaram de andar, para bem dos bolsos delas, a destruir os seus proprios paises, deixara de haver Le Pens e afins.

https://www.youtube.com/watch?v=ai9QzCcnhUA
https://www.youtube.com/watch?v=lF43S78NiRk

Ha tipos destes na europa,

http://www.letelegramme.fr/local/editions/BR/brest-pour-un-imam-la-musique-est-creature-du-diable-24-09-2015-10786846.php


O Putin nao é nenhum anjinho. Mas as elites europeias cada vez valem menos. Talvez menos que o sr Putin. E as pessoas precisam de lideres e de se sentirem protegidas por quem elegem. Nos por ca temos um lider (Marcelo). No resto da europa quem é que ha?

https://www.sipri.org/sites/default/files/YB16-Summary-ENG.pdf


bem haja


ps ninguém fala da destruiçao total do Yemen por parte da Arabia Saudita. Porquê? $$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$$
falar mal do sr Putin é facil, dos Nayaf e dos bin Salman, pois....


Anónimo disse...

Ó Embaixador, deixe que lhe diga, quando ai fala que existem pessoas que querem esconder os podres de Putin ao falarem de outras situações, se formos por ai toda a gente o faz, inclusive o Embaixador. Já agora eu pergunto, para os milhões e milhões de cidadãos europeus que se encontram desempregados ou que tem sido constantemente roubados por vigaristas e vagabundos que governam os seu países, porque haveriam estes de preferir esses a um Putin, por exemplo? porque deixe que lhe diga, se quer mesmo a minha opinião toda a gente que está instalada na europa e estados unidos deveria ser desinstalada. Assim ficava tudo por igual e ai muita teoria iria ser mudada. Muito fácil tecer loas a politicos corruptos e vagabundos, fazer a defesa de gente que apenas roubou enquanto foi governantes, quando se tem todas as portas abertas para tudo e mais alguma coisa.

Luís Lavoura disse...

fecham os olhos à carnificina de Aleppo

Como é que você conquista uma cidade na qual estão entrincheirados combatentes, que têm depósitos de munições sob hospitais e que mantêm a população civil refém como "escudos humanos"? Explique-me por favor como é que você pode fazer tal coisa sem causar vítimas civis.

Também há carnificinas em Mosul e em Saná. Mas por algum motivo aqui só se fala de carnificina em Alepo. Em Alepo oriental, especifique-se - porque os revoltosos continuam a bombardear Alepo ocidental, ainda na segunda passada mataram dois médicos russos, mas disso ninguém fala.

Joaquim de Freitas disse...

Pois é, Senhor Embaixador, o Putin não convém aos ocidentais, e aos EUA e Israel, sobretudo.
Se fizermos um rápido sobrevoo, desde 2003, que vemos no Médio Oriente? Que tudo começou pela invasão americana do Iraque, “justificada” pela ameaça suposta de Saddam Hussein, que possuiria as famosas AMD. Os jornalistas ocidentais engoliram e fizeram engolir à opinião ocidental esta enorme cabala.
Entre aqueles que “produziram” estas historias, alguns tiveram o despudor, mais tarde, de criticar a oposição iraquiana por os ter enganado, como se alguém de sensato podia esperar outra coisa que mentiras da parte de tipos que tinham consagrado toda a sua vida ao derrube de Saddham, ou, que tinham esperado a ajuda dos EUA para o fazer no seu lugar.

O mesmo género de credulidade auto alimentada pelos media foi a evidência observável na Líbia, aquando do levantamento de 2011 contra Muammar Kadhafi, com o apoio da NATO.

Historias atrozes provenientes da oposição líbia, desmentidas mais tarde porque sem fundamento, segundo as ONG , foram entretanto engolidas e espalhadas pelos media, qualquer que fosse a parcialidade da fonte.

Entretanto serviu para pôr o pé na Líbia, recuperar o seu petróleo e criar o caos actual., factura que pagamos hoje na Europa.

Os media! Ah os media ocidentais…

O exército iraquiano, apoiado pelos bombardeamentos americanos procura recuperar Mossol.
O exército sírio apoiado pelos Russos, a praticamente retomado Alepo. Os media informam-nos que 300 civis morreram em Alepo e 600 em Mossoul.
Parecem similares estas desgraças. Mas não. Em Mossoul, as perdas civis são imputadas à ISIS e a utilização de morteiros e combatentes suicidas. Assim, aparentemente, os bombardeamentos americanos e o exército iraquiano não provocam vitimas…
Mas em Alepo, ah não, são os Russos e as suas bombas que matam, são os soldados de Bachar que matam.

Mesmo quando o delegado da ONU, Stephen O’Brien, esclarece que em Alepo são os rebeldes “amigos “ do Ocidente que impedem os civis de fugir, ninguém pôde ler isto nos jornais ocidentais… Não convém!

O facto é que a batalha de Alepo se termina. A Síria vai ganhar a guerra contra os Takfiris apoiados pelo estrangeiro, como no Iraque. Vai ser preciso que os instigadores e comanditários da guerra encontrem outra coisa para atingir os seus objectivos. E qual objectivo !

Quando examinamos a costa do Mediterrâneo, praticamente todos os países estão sob controlo dos EUA (ou UE) e não se vê vestígio de quaisquer interesses russos. Contudo, ainda restam dois (e hoje, de fato, três) países: o Líbano, a Síria e, pode-se dizer, também a Turquia. Além de sinais de que haja reservas de gás e petróleo significativas nas águas da Grécia e Chipre, o Mar Negro é considerado estratégico para o trânsito e área militar na qual os planos dos EUA só tropeçam no Líbano e na Síria

Na direcção do Leste da África, vê-se que os EUA controlam todo o Mar Vermelho, porque a outra margem é controlada pela Arábia Saudita e Israel. Controlando o Mar Vermelho, também controlam o Mar da Arábia e o Canal de Suez!

O tal Novo Oriente Médio, no qual os EUA definirão novas fronteiras, criando países mais pequenos e mais facilmente controlados.

Entretanto, os EUA tentam desarmar a Rússia levando bases da OTAN para perto das fronteiras russas (daí o envolvimento de Ucrânia, Afeganistão e Paquistão), além de trabalhar para impedir que a Rússia cresça economicamente, embora a melhor opção, de longe, seja levar a Rússia ao total colapso económico. E tudo isso para impedir a qualquer custo que a Rússia se imponha como superpotência concorrente. Essa a razão do conluio com os sauditas, para baixar os preços do petróleo...

E tudo isso, Putin vê-o todos os dias. E tudo fará para o impedir. Incluindo a guerra.

Joaquim de Freitas disse...

« Putin significa autoritarismo e desprezo pelas regras da democracia “burguesa”? Pode ser quem sim, mas isso é apenas um despiciendo detalhe para quem, bem lá no fundo, nunca acreditou que isso fosse o essencial.”


O Senhor Embaixador disse tudo nesta frase. A democracia, o essencial? Como crer na democracia, quando temos como amigos e aliados, os regimes mais obscurantistas e violentos para os seus cidadãos, como a Arábia Saudita? Ou mesmo o regime israelita, que mantém sob o terror toda uma população, ao mesmo tempo que lhe rouba a sua terra, desprezando as resoluções da ONU? Ou mesmo, quando em França, o povo vota “Não” a um referendo sobre a Europa, e que um governo se permite de contornar o voto, fazendo aprovar um Tratado que a maioria rejeitou?

A democracia desde há muito que é utilizada para justificar um sistema económico injusto, no qual uma minoria esmaga uma maioria de cidadãos com leis adaptadas aos interesses particulares de alguns, situação que faz com que hoje, 1% dos indivíduos possui mais de metade das riquezas produzidas, sem respeito nenhum pelas necessidades fundamentais de muitos, incluído a saúde, a alimentação de base e a instrução.

Democracias há, onde a corrupção é tal, que a maioria do povo prefere ficar em casa que ir votar para eleger os seus representantes. E não são os EUA que neste campo são o exemplo mais convincente, quando só metade dos americanos vota.

Democracias em países emergentes como o Brasil, mergulhado numa corrupção colossal, num país imensamente rico.

Podemos sonhar que restes dois gigantes do continente americano nos sirva um dia de exemplo. Não ousaremos sonhar tanto da Rússia. Mas é , como escreveu, o essencial?

carlos cardoso disse...

Senhor Embaixador, estou de acordo com a sua análise e já há algum tempo que acho estranho que alguma da nossa esquerda, de tão habituada a defender a União Soviética nos tempos da guerra fria, continua hoje a defender a Rússia sem parecer ter reparado que o Senhor Putin e o seu regime são de extrema-direita.

(No seu primeiro parágrafo não deveria estar "entente Trump-Putin"?)

Anónimo disse...

Dois pesos duas medidas: o anónimo das 02:16, tem razão.

Vê-se bem que o texto sobre Putin, é um faz de conta de que "não leu" (ou assobia para o lado ) a "Submissão" de Michel Houllebecq.



Anónimo disse...

O senhor Carlos Cardoso devia ir ver o que se passa na politica francesa para perceber que a "sua" esquerda favorita acabou.

A conta de achar que se podem defender ao mesmo tempo os interesse de grupos muçulmanos conservadores dos quartiers populaires e grupos de defesa homossexuais/LGBT a esquerda definha. Tudo o que é LGBT esta hoje completamente perdido pela aproximacao eleitoralista dos Melenchons a grupos de "coitadinhos" conservadores muçulmanos.

(Vejam-se os amigos de Madjid Messauoudene https://twitter.com/madjidfalastine?lang=fr representante do Front de Gauche em Seine-St Denis e quantas vezes ele defende pessoas ligadas a Irmandade Muçulmana)

Os LGBT afastam-se da esquerda mas também tudo o que são pessoas de origem arabo-muçulmana, que não percebem a aliança da esquerda europeia a muçulmanos mais retrogrados.

E por isso que hoje se defende Putin, porque a esquerda que defendia os valores de esquerda desapareceu.

Entre Putin Erdogan e esse almiscar que é Jean Claude Juncker, quem é que parece a vexa ser o lider que melhor defende os interesses europeus? Sei que não é democrata sei, mas JCJ tem uma voz fininha e nao mete medo a ninguém. Peço desculpa de so ter posto os nomes acima, se vexa me arranjar outrp lider europeu...


E quanto aos essenciais de que fala o embaixador basta lembrar a ajuda de Estaline ao Ocidente na Segunda Grande Guerra. A frente russa so trouxe vantagens ao ocidente.

Por isso peço-lhe Carlos Cardoso, veja o que acontece em França, veja como parte do eleitorado operario do PCF passou para o FN. Leia e perceba o que se esta a passar. Diga como é que a esquerda da qual o senhor fala tentaria resolver os problemas da sociedade francesa. De modo concreto e não teorico.

cumprimentos



ps: aproveite para ler (com alguma distancia) o site de noticias

http://www.fdesouche.com

( a maior parte das noticias sao verdadeiras, o seu enquandramento e a escolha é que sao bastante perniciosos)
(é uma especie de correio da manhã da extrema direita francesa)
( no entanto os problemas apresentados sao problemas verdadeiros, e não convém que sejam menosprezados. Como por exemplo a historia de um vereador dos verdes na suissa que nao dava um aperto de mao as mulheres, porque taradinho religioso

http://boulevarddelislamisme.blog.tdg.ch/archive/2016/02/05/un-elu-musulman-vert-ne-serre-pas-la-main-des-femmes-ou-est-273866.html

a histoira dos alunos muçulmanos que nao faziam o mesmo

http://www.24heures.ch/suisse/Les-eleves-musulmans-devront-serrer-la-main-aux-profs/story/31006575

Estamos na Europa e as pessoas continual a falar em Allepo e no mau Putin, quando aqueles que sao supostamente os nossos aliados radicalizam uma parte de nos (ou de eles?...) contra a Europa. E por isso..)

cumprimentos



Rui C. Marques disse...

Francisco,almoçávamos dois ou três dias antes da sua (em mais de quarenta anos mantivemos sempre este tratamento cerimonioso)partida para Paris (Fevereiro de 2009?).Disse-me então: vou criar um blog,chama-se duas ou três coisas,não sei se vou ter matéria para o alimentar e por quanto tempo,logo se vê.
Passaram anos e o blog aqui está,vivo,direi que icónico (palavra moderna),com análise sempre oportuna e atenta (como o texto de hoje) e,frequentemente,com o humor que deve dar um certo sentido à vida.
Um grande abraço.

Correia da Silva disse...

Muito bem, Luis Lavoura.

NG disse...

A sorte do Ocidente é ter um Putin à frente do país mais extenso e diverso do mundo. Estivesse lá um bêbado, como o outro, ou qualquer bonacheirão incapaz de manter a unidade do país, e os herdeiros de guerrilheiros e terroristas financiados por esse Ocidente, ou por seus aliados déspotas do Golfo, já teriam estendido o caos e anarquia da Líbia e Síria a Moscovo. A esta hora, já estariam com os dedos a afagar os botões nucleares.
Obama, e todos os saudosos da Guerra Fria, correm contra o tempo, a ver se arranjam maneira de impedir o primeiro momento de concórdia entre as duas grandes potências desde a Segunda Guerra Mundial e que este apague o caos e anarquia que aqueles incendiaram, e assim lhes exponha a sua verdadeira face.

Anónimo disse...

Sr Embaixador
raramento falo assim... Mas voçê esteve a beber ou quê?
Ja por varias vezes em artigos anteriores se queixou do figado, mas agora começo a entender porque.

"carnificina de Aleppo" ,
afinal quem é que anda a fazer carnificina por toda a Síria, Libia e Iraque ?
Não sabe quem é?
Eu digo-lhe, são os terroristas do daesh.
De onde vem o dinheiro e o armamentos para os terroristas do daesh ? Tambem não sabe?
Sabe e sabe muito bem ou caso contrario é um completo incompetente e ignorante.
Não venha é fazer-se de sonso com lerias mal contadas juntamente e com meias palavras que fica-lhe muito mal.

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