quinta-feira, junho 23, 2011

"Hotel de Ville"

... e foi então que se ouviu a jovem mulher daquele funcionário da embaixada de um país, que tal como Cervantes dizia para um certo lugar da Mancha, "de cuyo nombre no quiero acordarme":

- Gosto tanto de viajar pela França! Têm lá aqueles hóteis tão simpáticos da cadeia "Hotel de Ville". Já ficámos num, não ficámos, querido?

13 comentários:

Anónimo disse...

A cadeia dos Hotel de Ville! Quantas recordações! Ficava-se numa cela simpática, à disposição da polícia, o pequeno almoço era servido cedo e o pessoal era atencioso, embora insistisse sem razão em levantar-nos processos judiciais... Ah, quantas memórias de juventude este post me veio trazer...

a) Francelino da Mata

Ivone Mendes da Silva disse...

Que história engraçada. Faz-me lembrar a Adosinda que, n'Os Maias, jurava conhecer bem o déficit, que era bom rapaz e trabalhava no banco inglês.
Bem, mas sejamos clementes,pode haver uma confusão na cabeça da jovem senhora: lembrou-se da fotografia de Doisneau, beijo, Hotel de Ville, hotel de charme,está tudo explicado.

Anónimo disse...

Conheço portugueses que moram em França hà 40 anos e que pensavam até hà bem pouco tempo que a Gare de Saint Lazare se chamava efetivamente Gare de Salazar. Por isso evitavam aproximar-se dela...
Carlos Pereira

Rui Franco disse...

Eu, nas aulas, só aprendi o que era "La Mairie". Da primeira vez que fui a França e vi um edifício com a inscrição "Hôtel de Ville" também pensei que era um hotel. Depois, estranhei a quantidade de bandeirinhas francesas... :)

DL disse...

Um holandês meu amigo contava que, em tempos de estudante na cidade-luz, tenha ligado para o Hôtel de Ville a perguntar se tinham quartos. É que ia receber visita dos pais e partilhava casa com outros estudantes...

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Senhor Embaixador desta vez não sei se ri mais do post se dos comentários...
Ah! Como o humor lava a alma!

Anónimo disse...

Interessante é também o, BHV, Bazar de l'Hotel de Ville, e que também é a sigla do espantoso Bernard Henri-Lévy...

Unknown disse...

Posso dar uma achega? Não posso? Dou. Não resisto.

Um Português chegou a Paris, de salto, nos velhos tempos. Um primo que já lá morava há uns anos levou-o a conhecer a noite parisiense, tendo terminado a assistirem a um combate de boxe já alta madrugada.

E o novato, de Langencheidt na mão, gritou para o ringue:

Arrive lui qu'il bouge encore!

Si non e vero...

Anónimo disse...

Convenhamos que é uma daquelas emboscadas de linguagem idiomática...

Quase tão grande como para algumas pessoas a perda de oportunidade, de entrarem mudas e sair caladas...

A mim também me acontece, confesso,até mais vezes do que desejaria...

Oh! Coitada da Senhora,se calhar toda contente...Oh, cada um com o seu "feitiosinho"...
Isabel Seixas

Anónimo disse...

Na próxima ida a Paris marco para o "Hotel de Ville" e digo que vou da parte do Bertrand Delanoë.

Isabel BP

Helena Sacadura Cabral disse...

Ó Isabel o que me ri com o seu comentário " se calhar toda contente" por ter dormido, digo eu, na "cadeia" Hotel de Ville. Espero bem que a coitada nunca tenha que experimentar tal cadeia...
Bem razão tem o Senhor quando afirma " Pai, perdoai-lhes porque não sabem o que dizem".

Anónimo disse...

Eu, uma vez dormi ao lado do principal da dita cadeia, à borla, no posto da policia - em "dégrisement"...

Helena Oneto disse...

"Une perle":)!

Os borregos

Pierre Bourguignon foi, ao tempo em que eu era embaixador em França, um dos grandes amigos de Portugal. Deputado à Assembleia Nacional franc...