sexta-feira, junho 30, 2017

O dilema do eucalipto

Passos Coelho sobre o eucalipto: "Até eu que não sou particularmente defensor do eucalipto acho que não faz sentido estar a demonizar o eucalipto, porque nós sabemos que uma grande parte do território não tem eucalipto e que o eucalipto é o que menos arde."
Depois de ler isto, nesta peculiar forma que me lembra um clássico qualquer que me está a escapar, dei comigo a pensar que, fosse eu eucalipto, não gostaria muito deste elogio.

7 comentários:

Francisco de Sousa Rodrigues disse...

Sem ou "não sou grande fã de", foi isto que a mesma personagem disse acerca do FMI, para que pusesse em marcha a rodagem das "Aventuras d'Além da Troika".
O homem cumpre na íntegra a impressão que tenho da forma de fazer "política" do PSD, por isso têm o líder que merecem (não me batam, pois nasci em 1987, pelo que não conheci outro PSD sem ser o do Cavaquinho e vivo numa zona muito laranja o que quer dizer que conheço razoavelmente o ADN das bases).

Jose Martins disse...

O eucalipto é centenário em Portugal e bem me lembro, de criança, de eucaliptos, enormes, plantados em cabeços, nas terras baixas, improdutivas, onde o eucalipto se dava muito bem entre as fragas húmidas.
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Não eram plantações em série, mas esporádicas, cujos toros, grossos serviam para as cumieiras das cortes. Não era por aí além uma madeira, rija, como a de carvalho, freixo ou castanho, mas tinha a sua utilidade.
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Nesse tempo e na Serra da Estrela, de onde sou, havia grandes matas de pinheiro bravo e de manso. Uma verdadeira floresta de verde (o pinheiro manso ou bravo nunca perde a verdura),que as populações cuidavam e não deixar queimar.
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Havia largas matas de pinheiros mansos (que não têm crescimento rápido como o bravo) com árvores centenárias em que davam os saborosos pinhões que deles até faziam rosários e vendiam nas feiras.
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Ora as populações cuidadavam das suas matas porque era uma fonte de rendimentos, inclusivamente da extração de resina. As áreas rurais de Portugal estão desertas e onde vivem uns poucos de velhos e sem limpeza das matas e sem povoação as aldeias, as matas vão continuar a arder e há que esperar (se não arderem uns 20 anos) para o redimento e nessa altura muitas aldeias são espectros sem vida. Saudações de Bangkok

Anónimo disse...

Aconselho vivamente a revisão do Expresso da Meia Noite desta semana, sobre Fogos

Reaça disse...

As celuloses que assumam as maiores culpas e que paguem com os seus lucros, os incêndios e a poluição que provocam.
Ou então que parem de fazer papel...os paises ricos que façam ou então que limpem a uma pedra!

Isabel Seixas disse...

Votei em António Manuel Seixas Sampaio da Nóvoa para presidente da República, crente na sua formação e saber de experiência feito e pratica dinâmica, com o foco na educação como motor da liberdade, na minha crença residia a esperança no investimento na educação para a saúde em todas as áreas , e o ambiente florestal é o nosso pulmão, mas prevenir a doença e a adversidade incapacidade e impotência que ela gera não se vê no imediato, não dá nas vistas...

Há anos que a UTAD através dos seus cursos de ciências florestais concretamente engenharia florestal divulga para quem deve saber como se faz a prevenção de incêndios os estudos e o pensamento cientifico a incrementar nos planos de ação, mas o planeamento e a proatividade ainda não fazem parte dos curriculuns ou Curricula dos nossos gestores de topo, daí que continuaremos com recurso à abraçoterapia, como alternativa às aparições, nos locais de devassidão da desgraça, e quando não chegar acionamos as sirenes da culpa...

E também nestas situações nunca sei onde se meteu Deus e os seus súbditos...

Anónimo disse...

Cara Isabel Seixas

"mas o planeamento e a proatividade ainda não fazem parte dos curriculuns ou Curricula dos nossos gestores de topo"

o presidente da junta das freguesias reunidas da carrasqueira e paiol velho agradece mas sendo gestor de uma pequena empresa que lhe pertence nao se reconhece na expressão gestor de topo...

não é a educação que é motor da liberdade que salvara o pais, tenho impressao, são a competência e a responsabilidade. E infelizmente depois do 25 muita gente confundiu liberdade com desleixo e irresponsabilidade. (seguramente ja haveria uns quantos antes..) As pessoas passaram a confundir autoridade com autoritario a anda tudo assim neste pais com aldeias daquelas mesmo rusticas com predios cogumelos cor-de-rosa de 4 andares... é tudo "approximative" e ninguém vai de cana.

A educação, como a competência e a responsabilidade, não se propõe, impõe-se.

Anónimo disse...


"Quando houver uma grande calamidade, trata primeiro da tua popularidade".

Os borregos

Pierre Bourguignon foi, ao tempo em que eu era embaixador em França, um dos grandes amigos de Portugal. Deputado à Assembleia Nacional franc...