domingo, abril 22, 2012

Eleições

Há um antigo preceito segundo o qual o sistema constitucional francês faz com que, na primeira volta das eleições presidenciais, os cidadãos escolham o candidato que mais lhes agrada, e, na segunda volta, rejeitem o candidato de que menos gostem.

Hoje é dia da primeira volta das eleições presidenciais em França. Porque, ao contrário do que por vezes acontece em Portugal, nenhum candidato, na história da V República, alguma vez obteve, nessa mesma primeira volta, mais de 50% dos sufrágios, por forma a ser, desde logo, eleito, terá lugar um segundo escrutínio, em 6 de maio. Só nesse dia se conhecerá o nome do presidente da República, para os próximos cinco anos.

O facto de, segundo as sondagens, quase um em cada dois franceses anunciar que tenciona ir votar, na primeira volta, num candidato diferente dos dois que, com grande probabilidade, passarão à segunda volta, dá que pensar que a frase com que abri este post pode ter alguma coisa de verdade. 

9 comentários:

Isabel Seixas disse...

Dá que pensar é a convergência do Eleitorado, sintomática...

Anónimo disse...

Vamos ver a amplitude da crise em França. Qualquer um que ganhe não gostava de lhe estar na pele. Será um momento muito cricial na História da Europa. Vai ser bonito vai mas... eu n sei.

Portugalredecouvertes disse...

Então os melhores são os que fazem parte dos restos!

Helena Oneto disse...

"Pari, pardon, post gagné", Senhor Embaixador!

Anónimo disse...

Para já Monsieur Hollande ganhou? Para já ele perfila-se para ser eleito à segunda volta. E se a ganhar? Que irá acontecer à UE? E ao Euro? E à Eurolândia? E ao novo tratado/aborto?

Será que teremos uma intervenção da Troika 2, construída pela Reserva Federal, o Banco Central da China e o Banco Federal do Brasil? E se for preciso uma Quadroika, juntar-se-á o Banco Federal do Brasil?

O G20 parece que está a tentar chamar o Banco Central Selenita e o Banco Central Marciano. O de Vénus - é muito quente. Os de Júpiter 3 e de
Saturno são muito gelados e até congelados...

Como diria o Sócrates, O grego:eu só sei que nada sei...

patricio branco disse...

se for como cá, já não faz diferença quem ganha, os programas eleitorais inventados à pressa destinam se a ser rasgados no dia em que as eleições se ganham, a constituição e as leis de nada valem, os acordos idem, etc etc, tanto faz quem ganha ou perde.

Anónimo disse...

Do Presidente que sair destas eleições, se espera que se dirija ao Banco Central Europeu como "gente grande". Já não é sem tempo. Até o actual Presidente lhe fez bem passar por este momento eleitoral. Consultar o povo periodicamente - ainda é o que funciona melhor nas democracias ocidentais -, mesmo que as verdades todas só venham depois.

Isabel Seixas disse...

Por falar em eleições e eleitores aí estão 570 members.
Parabéns

Anónimo disse...

Senhor Embaixador, sempre aprendi que em França, à primeira volta vota-se com o coração, e na segunda com a razão...

Cumprimentos

JPP

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