terça-feira, junho 05, 2012

Menos de 20 horas em Lisboa

1. Que calor! Parece Marraquexe!

2. É dos meus olhos ou a cidade está bem mais suja?

3. Não é dos meus olhos: há um claro declínio do trânsito em Lisboa.

4. Encontrei um taxista com uma solução para resolver a questão do "gangsterismo" de alguns dos seus pares no aeroporto de Lisboa. Só que "a Antral não quer", disse-me.

5. "Às vezes, os seus textos são longos demais para um blogue. E saem melhor quando se afastam da atualidade". Tomei nota, mas não prometo nada.

6. Assumi funções como membro da comissão para a revisão do Conceito Estratégico de Defesa Nacional. Senti a falta de alguém que, infelizmente, não pode lá estar: Ernâni Lopes.

7. Somos o país do ouro. Trouxemo-lo do Brasil para o derreter em patetices, entesourámo-lo com Salazar (com barras de origem duvidosa, com a suástica inscrita, ainda nos fundos do Banco de Portugal) e, agora, nestes tempos em que nos troikam as voltas da vida, os agiotas de banca montada por todos as ruas de Lisboa (até na minha) arrancam-no à miséria das famílias. 

8. No aeroporto, nas partidas, fazem-nos agora passar pelo meio do "free shop". "Good try!", mas já ando nisto há muito tempo e só compro o que me faz falta.

10 comentários:

gherkin disse...

Mau caro,
Mais outro cargg? Novas responsabilidades? Admoro a sua generosidade! Mas...at+e quando? Boa sorte!Ó habitua abraço do,
Gilberto Ferraz

Portugalredecouvertes disse...

Sr. Embaixador
espírito em baixo ou turbulências do voo?
Lisboa estará mais velha, como toda a gente, se não lhe fazem uma plástica!
menos carros, não é o que se pretende hoje em dia nas capitais?
Também fico triste a pensar nas maravilhas que se derretem


Recordo alguma coisa escrita que dizia qualquer coisa do género "que as fortunas dos paises ricos provêm do vai e vem do chicote" mas confesso que não me recordo exactamente como foi dito nem em que contexto

Anónimo disse...

Exmo, Sr:
Os chineses tinham escolas de caçadores de dragões, cuja utilidade não precisa de demonstração, Portugal, pelos vistos, um "conceito" de defesa nacional. A defesa nacional, se a houvesse, estaria naquilo em que a douta Comissão ora empossada diria: boa escola. Mas "isso", segundo penso,é baixa política.

Anónimo disse...

Desculpe-me sr. embaixador mas acho que necessita de fazer "despressurização" geográfica.

Helena Sacadura Cabral disse...

Senhor Embaixador
No seu ponto 7 talvez fosse útil acrescentar que houve quem tivesse decidido transformar uma parte desse ouro em divisas.
O resultado dessa "inteligente operação" está à vista...

Karocha disse...

Srº Embaixador

A Cidade está uma vergonha.
Quanto ao comentário da Drª Helena Sacadural Cabral, que dizer a Drª tem toda a razão.

Cumprimentos
Manuela Diaz-Bérrio

Santiago Macias disse...

Peço desculpa, mas o melhor ponto é o último. Aquela cena de ter de passar pelo meio dos "produtos" nada tem de inovador. Os feirantes fazem isso há centenas de anos!
É, em todo o seu esplendor, o bazarismo-gourmet.

patricio branco disse...

é uma pena, mas lisboa é realmente uma cidade descuidada, suja, com lixo pelas ruas, ervas crescidas de 1/2 metro nos passeios, espaços ajardinados em praças ou ruas secos, pedras soltas das calçadas em todo o lado, as zonas empedradas ou calçadas, a começar pelo rossio, extremamente encardidas de sujidade que se acumula, quase nem se vê j´
a a pedra original e dá até um pouco de repugnancia olhar com atenção, etc.
mas não é de agora, embora os defeitos estejam talvez acentuando-se. Falta cronica de dinheiro, descuido, problemas menores para as autarquias? O que sei é que esta não é a imagem geral de outras cidades, das que conheço bem, évora, funchal e faro, a limpeza e a jardinagem são impecaveis, há 1 verdadeira preocupação.
Já agora, 1 ex concreto mas revelador: na noite de sexta para sábado que antecede as eleições, toda a publicidade e propaganda eleitoral de rua é retirada na madeira, estando o sabado já limpo, não é só a limp+eza, é tambem o principio que é dia de não propaganda, viva ou inerte. as ruas de funchal e évora estão ultra limpas, os jardins com flores e relva sempre cuidada e fresca, etc. desculpem me o bairrismo, mas porque não é assim em lisboa?

patricio branco disse...

o negócio da compra de ouro e prata, que se multiplicou enormemente no ultimo ano, mostra a miseria, isso mesmo, miseria economica e moral, em que o país está. miseria economica das familias que se estão a desfazer das suas prendas, muitas vezes antigas e de familia; moral dos que se aproveitam e sabemos que não compram correcto pois a própria publicidade é enganosa, isso de comprar ouro velho ou antigo, em 2a mão, em mau estado, como se fosse um carro ou uma tv, mostra que há na actividade muito esturro. estarão essas casas, porta sim, porta não, com a sua actividade devidamente reguladfa? a informação legal que devem dar aos clientes, a cotação diaria dos metais, as balanças normalizadas, o destino do ouro a seguir controlado?
mais um aspecto da muito triste situação em que estamos a cair e dos oportunistas à esreita para saltarem

Anónimo disse...

Obrigada Patrício Branco. O Funchal tem ganho vezes sem conta o prémio de cidade mais limpa e bonitinha... Nem no Natal há as provas dos perfumes em tirinhas de papel... Por Lisboa vê-se a rotunda de terra batida com a Junta de Freguesia em frente. E as varandas com os galhos secos nos vasos, quando as avós deixaram de os puder cuidar? Quanto ao ouro, pois é. Aquilo que é adquirido de forma despudorada... De qualquer modo, já está em barras e, se não se pode tocar nele para pagar dívidas, como é que pode ser guardado pela UE? Era só o que faltava! Mais triste ainda é vender o cordão da avó.

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