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terça-feira, junho 16, 2009

Vinho

Contrariamente ao que se possa pensar, trazer vinhos portugueses para França não é a mesma coisa que "levar bananas para a Madeira". A qualidade da produção vinícola nacional - e não só do vinho do Porto - tem já hoje um lugar assegurado no exigente mercado francês e o seu reforço continua a constituir uma grande aposta nossa.

Ontem, com a Câmara de Comércio portuguesa em França, teve lugar uma prova de vinhos verdes portugueses, que concitou a atenção de muitos especialistas. E onde, para minha surpresa de não especialista, verifiquei a presença de vinhos verdes rosés, a corresponder a um novo gosto que o mercado parece alimentar.

Para a semana, em Bordéus, Portugal vai estar em grande força na maior feira vinícola do mundo. A França é a terra do vinho, mas Portugal tem hoje produções de grande qualidade, cuja afirmação temos de impulsionar neste mercado.

sexta-feira, junho 05, 2009

Nomes

Telefonou-me, há pouco, um amigo a contar que vai abrir um bar com o nome de "O Bicho da Sede". Acho magnífico, embora eu tenha, há vários anos, a ideia de que seria um sucesso, em especial para uma clientela estrangeira nostálgica do 25 de Abril, abrir em Campo de Ourique, em Lisboa, o "Hotel Saraiva de Carvalho". Mas, vá-se lá saber porquê, ninguém pega na ideia...

quinta-feira, junho 04, 2009

Benjamim Marques

Benjamim Marques é um nome da cultura portuguesa em França, onde vive desde há muito. Conhecia-o de nome, mas não ao seu trabalho. Abriu ontem uma exposição retrospectiva sobre alguns tempos mais recentes da sua obra - das "geologias" às "galaxiais", passando por outros caminhos novos, como me disse. Óleos, desenhos e aguarelas compõem um conjunto bastante interessante de um autor que, historicamente, se reivindica do surrealismo português do Café Gelo (embora "dissidente") e do seu trabalho junto de Vieira da Silva.

Esta exposição de Benjamim Marques está patente no "suR un R de Flora", um espaço multicultural de dimensão lusófona - "restaurant & bar musical & galerie d'art" - para os lados da Place de la Nation, em Paris, que merece uma visita mais cuidada do que a que ontem me foi possível fazer.

sexta-feira, maio 29, 2009

O Tempo na Cultura

Manuel d'Olivares é um pintor português residente em Barcelona. Apresentou na 3.ª feira, na Cité Universitaire de Paris, "Meteorologia para Piano - duplicidade e cumplicidade", uma exposição de óleos onde as temáticas do clima e da música estão presentes, numa aliança - imagine-se! - suscitada pelo famoso anticiclone dos Açores. O espectáculo incluiu um concerto de Miran Devetak, um excelente pianista ítalo-esloveno, que se ligou, de forma magnífica, ao espírito da apresentação.

Foi uma iniciativa do Instituto Camões de Paris, aproveitando a hospitalidade da Casa de Portugal na Cité, com uma muito boa presença de público. Este é mais um caminho para abrirmos as expressões da nossa cultura a novos olhos e ouvidos em França. Porque os meios disponíveis para este tipo de iniciativas são muito limitados, temos de trabalhar numa lógica de "sopa da pedra"...

domingo, maio 24, 2009

Arte Equestre

Há dias - neste caso, noites - em que sentimos que uma certa imagem de Portugal se projecta, com um impacto de especial prestígio, sobre a sociedade francesa. Foi o que aconteceu na última 6ª feira.

A Escola Portuguesa de Arte Equestre esteve em Saumur, no vale do Loire, a fazer uma apresentação conjunta com o "Cadre Noir", da École Nationale d'Équitation de França, perante cerca de dois mil espectadores, numa cerimónia a que tive a honra de co-presidir. Foi um espectáculo memorável, no termo do qual, Filipe Figueiredo, seu director, recebeu a Légion d'Honneur, a mais prestigiada condecoração da República francesa, como reconhecimento pelo seu excepcional trabalho de cooperação com a escola francesa.

A nossa escola conserva uma tradição secular de notável arte equestre, sublinhada por trajes clássicos que são uma referência de tempos idos, cultivados com empenho pelos seus integrantes, cuja qualidade e técnica só têm paralelo, à escala mundial, nas suas homólogas francesa, austríaca e espanhola. Por isso, esta é uma imagem da nossa História que nos compete preservar e promover.

Espero que a escola equestre portuguesa possa continuar a voltar muitas vezes a França e bem gostaria que a nossa comunidade tivesse ocasião de apreciá-la e de constatar como a França a acarinha. Para os portugueses e luso-descendentes que aqui vivem, é muito importante ver a França a reconhecer o que temos de melhor.

Rockwell