tag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post3674717053814151416..comments2024-03-28T12:56:07.840+00:00Comments on duas ou três coisas: Amigos & livrosUnknownnoreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-66761134580834325482016-03-04T23:53:00.712+00:002016-03-04T23:53:00.712+00:00A Guerra do Ultramar à portuguesa, fica a kilómetr...A Guerra do Ultramar à portuguesa, fica a kilómetros da Argélia da França, do cinismo da Inglaterra com a independência da Nigéria ou do Quénia do Mau-Mau, (vamos antes que seja tarde), e do abandono em 24 horas dos Belgas do Congo do Ruanda e do Burundi.<br /><br />No caso português, tanto Agostinho Neto, como Amílcar Cabral, deviam estar imensamente gratos a Salazar e a Marcelo, por estes não lhe terem entregue as colónias em 1960 ou 61.<br /><br />Eram bons rapazes e mereciam viver mais alguns anos e não como aconteceu a Lumumba que sobreviveu 6 meses vivo como 1º ministro.<br /><br />Aliás, no caso de Angola viriam a ser umas duas angolas à americana como as coreias e os vitnames do norte e do sul.<br /><br />Falta muito para se poder escrever a história.<br /><br />Mas deve ficar bem escrito que fomos os últimos a abandonar África, mas que a ONU não nos pode responsabilizar pelos africanos que permanentemente estão subindo o deserto até ao arame farpado de Ceuta e Melila.<br /><br />Retornadonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-2023416461497627812016-03-03T18:14:11.883+00:002016-03-03T18:14:11.883+00:00Sobre a dimensão humana da guerra colonial (e este...Sobre a dimensão humana da guerra colonial (e este será o nome históricamente correcto, embora, tendo-se passado em África, não viria mal nenhum ao mundo chamar-lhe guerra de África desde qua a narrativa não escamoteasse o que foi o regime colonial) não há quaisquer dúvidas. A questão que eu coloco é se se conhece alguma guerra que não tenha esta dimensão traumática. A resposta é claramente não. Todas as têm. E mais. Há umas mais desvastadoras que outras. Por exemplo, e desde logo, a guerra em Angola, que se seguiu à independência, entre o exército angolano (legítimo) e Jonas Savimbi (tribalista e ambicioso), foi icomparavelmente mais desvastadora e destrutiva do que a guerra colonial: em número de mortos, de estropiados, na destruição do tecido social e da economia (neste ponto a diferença é abissal), na número de refugiados (bem perto de dois milhões) do Sul que fugiram para Luanda, na destruição e arrasamento de cidades, como Nova Lisboa por exemplo. Não há qualquer comparação. Mas alto lá! Que fique claro: estes factos inegáveis não servem para minimizar o traumatismo e o horror, quer de um lado, quer de outro, que foram os 13 anos de guerra colonial -- a maior parte destes anos (e dos mortos), e esta é outra questão, desnecessários que só uma completa cegueira política do Caetano explica. Mas não façamos da guerra colonial a mais impiedosa, a mais desvastadora e mais traumática de todas as guerras. Manuel do Edmundo-Filhohttps://www.blogger.com/profile/14524683934790274201noreply@blogger.com