tag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post1417023413591973765..comments2024-03-28T15:46:44.470+00:00Comments on duas ou três coisas: Mala diplomáticaUnknownnoreply@blogger.comBlogger10125tag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-60038581727016967112009-11-06T19:52:16.207+00:002009-11-06T19:52:16.207+00:00Rectifico: João AntelmoRectifico: João AntelmoHelena Sacadura Cabralhttps://www.blogger.com/profile/11916182095425230786noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-34281173483124591062009-11-06T19:49:30.869+00:002009-11-06T19:49:30.869+00:00Caro José Barros, o seu post fez-me rir às lágrima...Caro José Barros, o seu post fez-me rir às lágrimas. Tendo tido um irmão na carreira diplomática, vezes sem conto, passei pela Versailles, a correr, logo de manhãzinha, para ir buscar as trouxas de ovos da Versailles, acabadinhas de fazer, que iriam alegrar a dita festa de Natal. E sempre tudo correu bem. Até que,um ano, me apenei de saudades. Foram longos anos passados longe da família, em dois países da Cortina de Ferro de então. Decidi, assim, ir eu em forma de Mãe Natal e levar comigo as ditas trouxas e sua abundante calda, mais uma garrafa de precioso vinho cuja cor concorria com o rubi.<br />O que se terá passado ignoro. Mas quando cheguei à Russia e desfiz as malas, surpresa! A lata das trouxas, vazia, a garrafa idem, e as roupas sem qualquer mácula vinícola ou de calda de açucar. Das duas preciosidades, além de mim, nem réstea!Apenas o vasilhame. Os conteúdos, esses devem ter alegrado outro lar que, naquela época, terá comungado do mundo capitalista.<br />A partir desse dia, a mala diplomática, tornou-se um icon de respeito na minha vida!!!Helena Sacadura Cabralhttps://www.blogger.com/profile/11916182095425230786noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-36626653444065949502009-11-06T12:59:58.406+00:002009-11-06T12:59:58.406+00:00Amigo embaixador, esta é uma das muitas histórias ...Amigo embaixador, esta é uma das muitas histórias que com certeza o senhor guarda no bolso do colete para, quem sabe, escrever um novo e delicioso livro. Estar convosco e Gina, em Paris, foi um aprendizado, uma alegria e um momento especial para conhecer melhor as histórias da diplomacia e o seu profissionalismo no trato das questões que regem as relações entre os povos e governos. Silvestre GorgulhoSilvestre Gorgulhonoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-17124265484803486332009-11-05T23:52:42.520+00:002009-11-05T23:52:42.520+00:00No MNE sempre foram toleradas pequenas entorses às...No MNE sempre foram toleradas pequenas entorses às regras que determinam o que pode ou não pode ser transportado nas Malas Diplomáticas, sobretudo em postos em que o quotidiano e as condições de vida são mais difíceis.<br />Ainda hoje se fazem, por exemplo, 2Malas especiais" por ocasião do Dia Nacional, para permitir aos Chefes de Missão em postos "de sacrfício" conferir alguma dignidade e abundância às recepções do "10 de Junho".<br />Nos anos 80, um jovem Terceiro Secretário servindo numa capital do Médio Oriente, onde ia passar o terceiro Natal consecutivo imposto pelo colossal egoísmo do seu Embaixador, pediu à família uma espécie de cabaz de Natal, contendo umas postas de bacalhau, nozes e figos secos e outras vitualhas de idêntica natureza.<br />Azeite era abundante (e excelente) no país, vinho do Porto e champagne estariam disponíveis na Loja Diplomática, espécie de freeshop só para expatriados e para a nomenklatura local e em que se pagava em dólares.<br />Com a encomenda esperada, decoração própria da época, alguma imaginação, uns discos de "Chrismas carols" e uma colega mais amigável, antecipava o Secretário de Embaixada uma consoada bastante aceitável.<br />Para mais, tinha-lhe sido anunciada a inclusão de uma surpresa, uma coisa especial para dar um toque final ao ambiente natalício.<br />Por essa altura, a Compal tinha lançado um produto que parece não ter vingado, talvez por reacção pouco entusiasmada do mercado: latas de caldo verde, um pouco como uma variante lusitana das spas Campbell's, admirável criação da indústria alimentar e tema icónico da popart.<br />Essa seria a surpresa.<br />Mas ocorreu um acidente: fosse devido ao calor extremo próprio região, fosse pela deficiente qualidade da preparação, a verdade é que ansiosa e excitada abertura da "valise" revelou uma cena dantesca: uma terrível reacção química fizera explodir a lata de caldo verde que se derramara abundantemente sobre a documentação, maculando horrendamente e sem distinção banais documentos ostensivos, discretos confidenciais e, ó meu Deus, sleníssimos secretos.<br />O diplomata tremeu; tinha a certeza que a generosidade dos Serviço de Expediente não abarcara "líquidos" nem, estava seguro, aquela granada alimentícia. E, mesmo que o funcionário que autorizara aqueles mimos o tivesse feito, tocado pelo espírito da quadra e condoído do colega exilado, seria imoral (além de inútil e inestético) fazê-lo arcar com as culpas da catástrofe e com as suas consequêncis.<br />Com o cuidado que um monge bibliotecário teria posto na recuperação de um pergaminho valioso e a ajuda prestimosa do guarda da Chancelaria, limpou tant bien que mal a oficialíssima correspondência e o interior do saco de lona inapropriadamente chamado "mala", pulverizou, se bem me lembro, um pouco de água de colónia para dentro do saco, numa honesta mas falhada tentativa de disfarçar o odor suspeito e esperou que o caso não chegasse ao conhecimento da Secretaria de Estado.<br />A ansiedade que ainda subsistia no regresso do Embaixador foi rapidamente dissipada pelo interesse muito mitigado que este demonstrava pelas rotinas monótonas e burocráticas do quotidiano como, por exemplo, a leitura de ofícios. <br />O apocalipse não se concretizou. E, decénios passados, ainda devem existir nos arquivos cavernosos das Necessidades (a Embaixada foi há muito encerrada), agora talvez digitalizados e numa drive-pen, algumas folhas de papel como uma estranha coloração que, na altura destes factos, era castanho-esverdeada.<br />O cheiro já não deve ser perceptível.João Antelmohttps://www.blogger.com/profile/07091719258733374988noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-66275838980970156052009-11-05T20:03:16.646+00:002009-11-05T20:03:16.646+00:00Ai Senhor Embaixador se a sua história é uma delíc...Ai Senhor Embaixador se a sua história é uma delícia, a de José Martins fez-me soltar uma enorme gargalhada! É que, às vezes, esqueço-me que os diplomatas são seres humanos como qualquer de nós e, por isso, sujeitos às mesmas criativas fraquezas...Helena Sacadura Cabralhttps://www.blogger.com/profile/11916182095425230786noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-82093907919504983712009-11-05T19:32:19.950+00:002009-11-05T19:32:19.950+00:00Eu também gostava de ter uma mala diplomática só p...Eu também gostava de ter uma mala diplomática só para mim.Jorge Pinheirohttps://www.blogger.com/profile/08842379312156514791noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-85520570424989008972009-11-05T15:54:28.607+00:002009-11-05T15:54:28.607+00:00Hoje, em Luanda, 300 dólares são um bitoque acompa...Hoje, em Luanda, 300 dólares são um bitoque acompanhado de um par de cervejas, quase sempre mornas... outros tempos. Já para não falar sobre o facto de 300 dólares não fazerem, sequer, um ministro sacudir o pó do casaco.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-34091353254185333122009-11-05T10:53:51.032+00:002009-11-05T10:53:51.032+00:00Há uns largos anos atrás, ainda a “adido de Embaix...Há uns largos anos atrás, ainda a “adido de Embaixada” na chamada Secretaria de Estado, num dos percursos de “viagem de mala”, (ou levar e trazer a Mala Diplomática), calhou-me, em duas ocasiões diferentes, como vim a saber depois, uma vez regressado ao Mnistério (a tal Secretaria de Estado, para quem não é do MNE), trazer de uma capital, uma vez, um par de botas de um Adido de Defesa, bem embrulhadas e colocadas no saco diplomático juntamente com a documentação especial, “carga” essa que eu desconhecia trazer comigo e na ocasião, uma pistola, desmontada, também de um Adido de Defesa (sabe-se lá para quê te-la enviado daquela forma para Lisboa!). Só depois de aberta, é que vim a ter conhecimento. <br />Adido de EmbaixadaAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-77061329842917464582009-11-05T10:15:18.863+00:002009-11-05T10:15:18.863+00:00As historias sobre Malas Diplomaticas recordam-me ...As historias sobre Malas Diplomaticas recordam-me sempre os filmes de James Bond e os livros de Robert Ludlum.<br /><br />Julia Macias-ValetAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-7690878447273108842.post-10457153943412048582009-11-05T03:54:00.118+00:002009-11-05T03:54:00.118+00:00Senhor Embaixador,
Absolutamente saborosa a histór...Senhor Embaixador,<br />Absolutamente saborosa a história. <br />Bem é que eu durante 18 anos, fui o "manga de alpaca" que tratou, em Banguecoque, da expedição e recebimento das malas do serviço do Expediente do Largo do Rilvas. <br />Nunca me passou pelas mãos um caso de envio de dinheiro... Nem nunca uma Mala, foi retida ou violada, neste´Reino.<br />Mas, por umas poucas vezes lá tinha que satisfazer o pedido de um ex-secretário de embaixada para lhe enviar umas "borrachinhas", de cores e paladares a frutas, bem fechadas num envelope, dado que onde estava destacado este material não havia no mercado.José Martinshttp://aquitailandia.blogspot.comnoreply@blogger.com