quarta-feira, março 02, 2016

América

Tudo começa a ficar mais claro, depois da "super Tuesday" que quase sempre pré-define o resultado final das eleições primárias norte-americanas.

Clinton parece imbatível no campo democrata, com Sanders a ter o destino tradicional dos candidatos mais liberais (no sentido americano, claro), isto é, a perder. A quase certa candidata democrática vai ter contudo de superar uma elevada rejeição que a sua excessiva exposição na política americana lhe trouxe. Mas com o voto negro e de algumas minorias assegurado, tudo parece facilitado.

Trump, embora não esmagador, provou que só por milagre alguém o travará no terreno republicano. Cruz é mais do mesmo, Rubio não conseguiu descolar, e agora já será tarde. Resta saber como vai a máquina republicana reagir a esta tomada por uma candidatura que está muito longe da imagem de um partido com tradicional sentido e responsabilidade de Estado.

Em termos teóricos, o perfil caricatural de Trump deverá tornar mais fácil a vida a Hillary Clinton no sufrágio de Novembro. Mas a América é sempre um poço de surpresas. E nem sempre das melhores.

5 comentários:

Majo disse...

~~~
Hillary - uma lutadora - incrivelmente resistente!
~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

Joaquim de Freitas disse...

Boa análise que partilho, parcialmente. Hillary pode vir a ser tão perigosa para o mundo que Trump. A sua gestão do imbróglio sírio e a sua proximidade com Israel prova-o. E é no MO que as coisas se podem deteriorar ao ponto de provocar a confrontação com os Russos. Não é na fronteira do México.
Os abandonados na berma da estrada, que são um terço dos Americanos, sobretudo jovens, estão muito tentados pela mudança radical de tipo de governo. Veremos em quem eles confiarão para a fazer. O mesmo problema que em França: vai ser preciso responder ao terço de Franceses que vota Le Pen. Pelas mesmas razoes.

Anónimo disse...

Hilary é mais do mesmo. Faz parte de um sistema fascizante tem muito tempo. Recordo em 2008, muita gente ter tanta esperança no Obama, nunca cheguei a perceber de onde vinha toda essa razão para tanta esperança, que tal como vimos ao longo de oito anos não tinha razão de existir. Obama, foi apenas mais um presidente de turno que por lá passou, um pouquinho mais bronzeado do que os do costume, mas tirando isso é mais um que não conta.

Anónimo disse...

Ó Embaixador, mais um recurso perdido no constitucional para o Pinto de Sousa. Só más noticias que saem naquele seu jornal de estimação. Carrega Pinto de Sousa. Mas vão continuar as capelinhas, aqui como a sua a rezar para que o santo não caia do altar e a carregueira ou évora aqui tão perto.

Augusto Amador disse...

Embaixador
Em primeiro lugar, os meu cumprimentos do lado de ca. Partilho da sua analise em relacao ao momento politico Americano mas com uma achega. Devido a dificuldade de Trump junto ao "mainstream" do Partido Republicano, se ele nao conseguir obter os cerca de mil e duzentos delegados ate a Convencao, os Republicanos irao apresentar, na altura, um outro candidato (Ryan, Romney, etc.) deixando a Trump a natural alternativa de concorrer como Independente, o que daria a vitoria a Hillary Clinton. Mais do que ideologia ou ate mesmo vontade de mudra a politica Americana, o que motiva Trump e o seu ego. A procissao ainda vai no adro e as posicoes do "establishment" republican so agora e que se comecam a reveler. O tom critic vai subir a partir de agora.

Obrigado, António

O dia em que é anunciado um novo governo é a data certa para dizer, alto e bom som, que entendo ter sido um privilégio ter como primeiro-min...