sexta-feira, outubro 17, 2014

Os bancos e os cafés


Há dias lembrei-me. Pelos anos 60 e 70, todos nos queixávamos de que os cafés de Lisboa e Porto iam fechando, um a um, dando origem a balcões bancários.
 
Agora que os bancos andam por aí a encerrar "paletes" de balcões, iremos ter os nossos cafés de volta?

7 comentários:

Pedro Barbosa Pinto disse...

A marca no traseiro dos bancários despedidos leva-me a acreditar que ele será mais é "salas de chuto"...

Anónimo disse...

Ainda mais cafés? Não tarda nada todos temos um só para nós...

jmc disse...

E talvez volte também o hábito de fazer negócios à mesa de café, se calhar com melhores resultados que os feitos ao balcão do banco.

Anónimo disse...

Às cavalitas de pagar as dívidas da banca ajudaram a aumentar o IVA e a arruinar milhares de cafés que em todo o país apenas serviam para subsistência familiar.

Aqui em meu redor, há seis cafés de bairro, todos escassamente frequentados, diariamente, que rodo-os, umas dezenas de bicas, uma dúzia de almoços. Apenas o suficente para empregar pai, mãe e um filho.

Por outra via, os bancos voltaram a fazer mossa nos cafés.

Anónimo disse...

Café, Esplanada,...

Oh localzinho mais triste para se perder tempo sem nada fazer...

Anónimo disse...

Vi muitos cafés, lojas de tecidos, mercearias, etc. fecharem, e os seus donos receberem importâncias chorudas pelo trespasse (quando ainda era possível o trespasse)ao Banco, para este ficar mais perto da agencia da concorrência. Felizmente ou infelizmente esses tempos passaram! Aqui onde moro, em Linda-a-Velha, acabo de assistir ao encerramento de uma Agencia Bancária, para de seguida abrir uma mercearia de bairro nas mesmas instalações... Será a chamada retoma?...

Joaquim de Freitas disse...

Senhor Embaixador, eu não sei, mas os cafés e restaurantes são citados muitas vezes na historia dos assassinatos políticos. Não sei realmente se é um bom lugar para uma tertúlia!
Por curiosidade, fui um dia beber um café ao "Café du Croissant" , (ângulo das ruas de Montmartre e do Croissant), onde Jaurés foi assassinado no dia 31 de Julho de 1914. Já lá vai um século, não é assim? Quem gostar dos produtos do planalto de Aubrac e uma colecção de cervejas monumental, pode lá ir. Creio que o nome, alias, mudou para "Taverrne du Croissant". Teríamos necessidade hoje dum herói do pacifismo como Jaurés. Ou o contrário!

Ben Barka nunca deveria ter ido almoçar chez Lipp, em Paris, que o Senhor conhece bem, creio !

No dia 29 de Outubro de 1965, à saída do restaurante, os barbouzes da DGSE levaram-no e nunca mais apareceu. 50 anos passaram e não se sabe onde estão os restos.


A " la Bürgerbräukeller," uma brasserie de Munique , foi o teatro do putch do mesmo nome, que um dia teria trágicas consequências para o mundo. Hitler, Hermann Göring, Ernst Röhm, Rudolf Hess, Heinrich Himmler et Julius Streicher beberam ai algumas cervejas antes . Está lá uma placa que não foi retirada. Não ouso descrevê-la, para não incomodar Frau Merckel!

Ao menos , os Portugueses podem beber uma ginjinha todos os dias, durante anos, na praça do Rossio, sem que venha nenhum mal ao mundo! Mas sim obras primas de literatura. Estava a pensar no nosso poeta nacional, Fernando Pessoa.

Fora da História

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