quarta-feira, dezembro 04, 2013

Argel

Amanhã, farei em Argel, no "Institut Diplomatique et de Relations Internationales", uma palestra sobre o tema "Mediterrâneo - o diálogo entre as margens", para explicar a atividade do Centro Norte-Sul do Conselho da Europa. A palestra insere-se no quadro de uma visita oficial, para contactos com o Ministério dos Negócios Estrangeiros e outras entidades locais.

Já não vou a Argel há alguns anos, uma cidade cuja carga histórica compreendi melhor aquando da minha estada em França. Estou com alguma curiosidade em revisitar a belíssima "cidade branca", embora o tempo de permanência não dê para grande turismo.

Em tempo: constatei, in loco, que a bela Place des Martyrs, que a foto mostra, é hoje um imenso estaleiro para a construção do metro de Argel. Quem constrói? A "nossa" Teixeira Duarte, ora bem!

8 comentários:

Anónimo disse...

É minha impressão ou você está mais ocupado que antes?

CSC

jj.amarante disse...

Tenho uns posts sobre Argel, divagações como habitualmente: http://imagenscomtexto.blogspot.pt/search?q=argel

Unknown disse...

Boa viagem caríssimo Francisco. E não desejo boa palestra porque ela vai ser óptima...

Portugalredecouvertes disse...

O diálogo entre as margens também parece que é tema no novo museu de Marselha!

EGR disse...

Senhor Embaixador: acho muito interessante que vá falar na Argélia sobre esse tema.
Como normalmente nos dá noticias sobre o modo como correram as conferencias que faz espero que nos dê noticias sobre esta

patricio branco disse...

parece que por argel não se fala nos 50 anos da morte de albert camus não comemorados nem evocados por ali, essa cidade que ele tanto amou e o marcou, objecto de tantos escritos seus tal como oran, creio que foi ele que disse cidade branca, etc etc

Anónimo disse...

http://www.dn.pt/inicio/globo/interior.aspx?content_id=3572596

Anónimo disse...

caro patricio branco

como presumo sabera, a argel dos europeus estava muito longe de ser a argelia dos argelinos.

de facto, se ler sobre o assunto descubrira que nos finais de trinta houve mesmo uns quantos pieds-noirs que quiseram uma independencia branca da argelia

a nostalgia pied-noir sobre a argelia lembra um pouco uma certa nostalgia de lourenço marques, jorge jardim, kaulza; é esse o espirito.

e tenho impressao que pied-noirs respeitados na argelia dos dias de hoje serao os que lutaram no lado argelino pela independencia da argelia. nao foi o caso de camus.


muito mais complicada foi a situacao dos judeus argelinos (de origem nao europeia) a quem os franceses deram os estatuo de cidadania em finais do sec xix e que no final terminaram por ser expulsos, como os franceses, sendo que nao eram colonos, nem pelos colonos eram vistos como pares...

bom, pano para mangas


cumprimentos


http://www.youtube.com/watch?v=xmda61NZy-0

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