sábado, janeiro 12, 2013

Martin Schulz

Martin Schulz, o presidente do Parlamento europeu, esteve em Portugal. E deixou palavras muito simpáticas para o esforço que o povo português está a fazer, no quadro do processo de ajustamento estrutural em curso. Consequente com as ideias que sempre defendeu, Martin Schulz falou da necessidade de serem introduzidas políticas de incentivo ao crescimento e à retoma do emprego, sublinhando a evidência, para alguns, de que as políticas de austeridade são apenas instrumentais.

Conheço pessoalmente Martin Schulz há vários anos, desde os tempos em que nos cruzávamos no Parlamento europeu, por onde eu andava muito e onde ele criou bons amigos portugueses. Martin é um homem sério e com fortes convicções, como o demonstrou no modo digno como suportou uma canalhice que, há anos, lhe foi dirigida por um líder governamental latino de má memória. Encontrei Martin Schulz aqui em Paris, há alguns meses, já nas suas novas funções, cidade onde veio visitar os seus amigos. A Europa está muito bem servida com Martin Schulz à frente do seu parlamento.  

10 comentários:

Angie disse...

Gostaria que o Sr. Martin Schulz incentivasse os portugueses a serem mais solidários, ou seja que houvesse menor diferença entre os rendimentos e as regalias dos ricos e dos pobres
na minha humilde opinião é uma das causas da nossa crise e estamos a pagar caro por isso

não percebo de política, mas na nossa história lemos sobre épocas em que a riqueza do país era melhor repartida por iniciativa de alguns reis e isso dava origem a mais prosperidade para todo o país

Defreitas disse...

Completamente de acordo, Sr. Embaixador. Eu veria com agrado este homem de linguagem directa como sucessor do nosso compatriota à cabeça da Comissão. Recordo a célebre frase dele que se adaptaria bem a muitos políticos: "Ils sont comme les pigeons sur la cathédrale de Strasbourg. En bas, ils vous mangent dans la main. En haut, ils vous chient à la gueule."

Mônica disse...

Senhor Embaixador Francisco.
Aos amigos que li alguns dias: Helena Cabral, Patricio, José, Margarida, Helena Oneto, Julia, RMG, Joao Campos e alguns anônimos.
Consegui vim aqui porque a São me deu um toque.
Eu queria agradecer pelos escritos. Nao sou de chorar, mas fiquei muito emocionada.
Desde setembro estou trabalhando novamente e por isso nao tenho muito tempo de comentar e de fazer blogues semanais como fazia. Tenho muito pesar. Eu comentava mesmo simplesmente a partir do que entendia ou do que nao entendia. Sem medo. Em dezembro perdemos a nossa Tonha ( nossa segunda maezinha) .E dia primeiro um cunhado. Mamae Graças a Deus esta bem de saude. Mas minhas visitas por causa do trabalho diminuiram. Eu tenho e continuo a ter por voces o mesmo carinho. Portugal é um pais que queria conhecer de pertinho. Mas peço sempre a Nossa Senhora de Fátima para protege-los.
O Brasil nao esta nada fácil tambem., mas com a ajuda da religiao e do trabalho do povo nada sera tão arduo que nao possamos aguentar.
Obrigada, muito obrigada. Voces me deram um presente de Ano Novo maravilhoso. Esta mensagem, me deixou transbordando de felicidade. Continuem a escrever. Eu os adoro! Com carinho Monica

Mônica disse...

Senhor Embaixador.
Eu admiro o senhor se preocupar com a minha ausencia.
Vou tentar guardar o nome do seu blog. Eles nao aparecem mais numa lista como antigamente, por isso fica dificil encontra-los. Mas a Sâo me disse.
Continuo tendo Fé em Portugal, pois Nossa Senhora nao vai desamparar um povo tão maravilhoso.
Com muito carinho sua s amiga Monica e de todos que gostam do meu blog.

Helena Sacadura Cabral disse...

Caro Defreitas
Não conhecia expressão, mas um destes dias vou de certeza usa-la. Achei-a muito oportuna.
Muito obrigada!

Angela disse...

Fiquei feliz por ler os comentários da Mónica
assim como trabalha compreendo que esteja menos presente!

um abraço

Francisco Seixas da Costa disse...

Cara Mônica: que bom relê-la. Julgo que percebeu que todos ficamos contentes por tê-la de volta, mesmo que entendamos que, com as tarefas que tem, o tempo lhe escasseia. Volte sempre! O seu carinho por Portugal é algo que faz bem a todos nós. É que, por aqui, vivemos num país que parece zangado consigo mesmo. Mande de volta, "urgentemente, um cheirinho a alecrim", que há uns anos emprestámos ao Chico Buarque.

Defreitas disse...

Gostaria de reponder a Angie, quando escreve: ", ou seja que houvesse menor diferença entre os rendimentos e as regalias dos ricos e dos pobres
na minha humilde opinião é uma das causas da nossa crise e estamos a pagar caro por isso"
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Cerca de 60% do aumento do abismo que separa as rendas entre os ricos e os pobres entre 1998 e 2010 provém dos lucros realizados pelos serviços financeiros, segundo um relatório da Escola de Economia de Londres.

Pessoalmente nunca votei por esses organismos financeiros que ocupam as primeiras paginas dos jornais do mundo inteiro : Banco Mundial, Banco Central Europeu, FMI e todos os outros que têm uma tão grande influência na minha vida e na de todos os povos do mundo.

Mas são eles que dirigem o mundo. Os media só falam de mercado. Nos nossos ecrãs de televisão vêm-se indivíduos que têm os olhos fixos sobre os ecrãs e que apoiam sobre as teclas . Como se estivessem a tocar piano, cada vez que eles afloram as teclas , estes pianistas dos tempos modernos, dispõem da vida de milhões de seres humanos . Inteiramente à sua mercê.

Como é que lá chegamos ? Que espécie de sistema criamos que lhes dá assim tanto poder ?Eles a quem confiamos o nosso dinheiro, que engolem com avidez, o dinheiro daqueles que trabalham por vezes por muito pouco , tão duramente ganho?

Onde estavam aqueles que elegemos para se ocuparem de nos quando esta forma de capitalismo corrompido se propagou? Eram incompetentes ou acabaram por se integrar numa oligarquia que os enriqueceu ao mesmo tempo que os especuladores?

Como é possível que uma operação habitualmente tão simples como fornecer dinheiro aos criadores de riqueza, os da economia real, seja agora assim tão complexa?

Claro que conhecemos muito bem a resposta: esta complexidade é o método que foi utilizado para cegar deliberadamente as populações e permitir “aos senhores do dinheiro” de sugar todo o dinheiro do trabalho para o jogar no casino. Onde uns acabaram por perder em proveito de outros mais espertos .

Aqueles que tinham por missão de utilizar o dinheiro da gente ordinária para alimentar a máquina económica, fugiram com ele e o sistema gripou.

Helena Oneto disse...

"A Europa está muito bem servida com Martin Schulz à frente do seu parlamento": Esta sim, sem duvida nenhuma! Infelizmente não se pode dizer o mesmo do presidente da Comissão Europeia...

Anónimo disse...

Foi a Senhora Aparecida que quis que voltasse. A pessoa que se encarregaou de a avisar é por enquanto... a minha escolhida para um prémio neste blog em 2013!
Quando vier a Lisboa diga. Vou aparecer-lhe com todo o gosto sem a timidez que se esconde em: "anónimo".

Os borregos

Pierre Bourguignon foi, ao tempo em que eu era embaixador em França, um dos grandes amigos de Portugal. Deputado à Assembleia Nacional franc...