terça-feira, novembro 20, 2012

Agricultura potencial

A França, sem surpresas, é um dos países que mais defende a Política Agrícola Comum (PAC) da União Europeia, pretendendo que isso se reflita no seu próximo quadro financeiro plurianual, cujas difíceis negociações estão em curso.

Hoje, o "Le Figaro" traz, num artigo do seu suplemento económico, a seguinte avaliação: "A França conta numerosos aliados, na primeira linha dos quais figuram grandes potências agrícolas como a Polónia, a Espanha, a Irlanda, Portugal ou a Roménia".

Há dias em que o ego de um diplomata incha com o exagero da imprensa. São raros esses dias, diga-se, mas sabem bem.

14 comentários:

Anónimo disse...

Lembrei-me do Mário de Carvalho: "não confundir o Manuel Germano com o género humano". É caso para mandar alguns franceses para o Beco das Sardinheiras

Anónimo disse...

Ils étaient tous soûls au Figaro- ils chantaient:

Celui qui croyait à Copé
celui qui croyait à Fillon
tous deux ont foutu l'UMP
en agissant comme des cons

Voilà pourquoi ils ont cru que le Portugal était une grande puissance agricole!

Bien à vous

DSK

Anónimo disse...

Obrigado por partilhar ... também o meu ego cresceu um pouco...

Nuno 371111

C.e.C disse...

Portugal e Agricultura, hmmm...

Poucos dogmas demagogos devem ser tão permanentes como essa tábua de salvação chamada "Agricultura". Já durante o Estado Novo tinha feito numa tentativa de auto-sustento, e, que acabou como acabou.

Lembro-me de há alguns anos ter lido um relatório que demonstrava a queda acentuada a todos os níveis da Agricultura portuguesa; fosse a sua influência no PIB, fosse no mercado de trabalho. Outro problema constantemente referido é utopia popular da existência de uma elevada área agriculta, quando na verdade os terrenos férteis não são em tão grande quantidade quanto se imagina, além das condições raramente serem favoráveis.

"De acordo com os dados do Eurostat, em 2001 perto de 36% (3
milhões de hectares) da superfície total estava ocupada com floresta. A superfície
agrícola útil (SAU), que ascendia a 3 838 milhões de hectares, correspondia a 42%
da superfície total, representando ligeiramente menos de 3% da SAU total da UE. A
maior parte da superfície agrícola localizava-se em zonas desfavorecidas (85%),
28,7% da qual se situava em zonas de montanha. Estas características constituíram
sempre um obstáculo natural à intensificação da agricultura portuguesa,
nomeadamente nas zonas do interior.
"
(link: http://ec.europa.eu/agriculture/publi/reports/portugal/workdoc_pt.pdf)

Já o sector da Horticultura, tenho ideia de estar em franco crescimento. Principalmente a nível das exportações.

Anónimo disse...

Pois é.... prometeram aqui há uns anos que seríamos um país finalmente fortemente industrializado competindo com os melhores. Agora vão para a agricultura mas.... a agricultura,dizia-se em Portugal, era a melhor forma de se empobrecer alegremente. Mas... eu não sei

Anónimo disse...

E somos! Em determinadas áreas, somos. Nos tomates, nos citrinos (ainda?), na azeitona, na uva.

Anónimo disse...

Imagino bem o seu orgulho Senhor Embaixador, que não tenho dúvidas é bem apoiada nos exportáveis tomates de alguns produtores da nossa lavoura. E a uva claro, quem a pode esquecer.

Julia Macias-Valet disse...

Caro escriba, eles estão todos baralhados la p'ro Figaro com os Franciscos deles... levaram a a noite a fazer contas...
Dê-lhes um desconto porque passaram a noite em branco e nao dizem coisa com coisa !

Anónimo disse...

Portugal é a favor da PAC ou é o Governo que é a favor da CAP?

Anónimo disse...

Tendo Portugal um número de funcionários no M Agricultura superior ao nº de agricultores, só pode ser uma POTENCIA agrícola!
Para além disso, como a grande maioria funciona em Lisboa, indicia que a utilização da alta tecnologia de comunicação, deve ser corriqueira, para poderem apoiar, em tempo útil, o agricultor de nabiças e repolhos de Peredo dos Castanheiros, antes que a bicharada lhe dê cabo da hortaliça.
Talvez por terem tanta azáfama com os temas que preocupam a produtividade das explorações, assim como na transmissão das respetivas instruções técnicas, via alta tecnologia de comunicação, não lhes sobra tempo para darem atenção à aprovação e execução (pagamento) dos investimentos apoiados pelo QREN.

Anónimo disse...

É caso para nos dirigirmos ao "Le Figaro" como o fazia Sousa Velosa: «despeço-me com amizade até ao próximo "artigo"»!

Anónimo disse...

Senhor Embaixador,

Em Londres consumo com orgulho agrioes, espinafres, pera rocha, e dentro de algumas semanas aparecerao tangerinas e sastumas. Aguardo com ansiedade o feijao verde. Ah, e castanhas, ja ca cantam. Nao vou entrar nos liquidos. Tinha que divagar pelos vinhos, sagres, superbock, agua do castelo e, como ja referi anteriormente...pedras salgadas em ponto... Saudosista? Talvez!

'good night and good luck'

F. Crabtree

Isabel Seixas disse...

Acrescento Batata Transmontana.

Anónimo disse...

Amanhã já começo a levar para Paris algumas das nossas "coisinhas" boas. Até o chouriço para temperar a canja da "pentade" lá vai. Desde a batata doce (inglesa) da Madeira com o bolo de mel rico e o mel de cana... até ao bolo-rei da pastelaria Alcôa vai tudo, com esmolfe e agriões dos ribeiros pelo meio... a marmelada para acompanhar o queijo do Pico já está na mala. Tirando as gentes de Cabo Verde não sei se outro povo além do nosso viaja com tanta doçaria e ervas... Estes preparativos começam p'ra "Festa" na Madeira ainda em Novembro e só acaba a 15 de Janeiro (dia de Sto Amaro), que por tradição é o dia escolhido para limpar os armários... e guardar alguns dos artefactos do Natal para a próxima "Festa".

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