quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Gregos (2)

O "Financial Times" de hoje faz um link para o seu "Brussels blog", onde figura um texto sobre as diferenças entre a situação económico-financeira de Portugal e da Grécia. Não deixando de notar a relevância dos nossos números, o jornal reconhece algo muito importante quanto às dificuldades orçamentais por que passamos: "muita desta situação parece dever-se mais ao agravamento do clima económico na Europa do que à falta de vontade ou à inabilidade de Portugal para pôr em prática o tipo de reformas que a UE espera do país", sublinhando que, no relatório da S&P sobre Portugal, é "feita uma acusação às grandes questões de liderança europeia mais do que a qualquer específica dificuldade em Lisboa". Nada disto resolve os nossos problemas, mas pode ser que ajude um pouco a compreendê-los.

A "bíblia" do jornalismo económico mundial parece ter, porém, alguma dificuldade própria no decifrar do mundo ibérico: a fotografia que ilustra a notícia é de... Mariano Rajoy.

19 comentários:

Anónimo disse...

"Rajoy" parece nome de bolachas...

Anónimo disse...

Claro, sim percebe-se pelo texto, um determinado resquicio de que os outros, nomeadamente os "camones" não percebem nada de Portugal. A imprensa estrangeira é um pouco ignorante e portanto não percebem que os lusos são os maiores !!!

Os "camones" também não percebem a razão de em Portugal, quererem arranjar uma torneira e o que conseguem arranjar é um romeno com algum jeitinho. Os Camones não percebem porque os Portugues não cultivam os terrenos nem percebem a razão de o peixe fresco que consomem vir de Espanha! Há muita coisa que os Camones não percebem neste País ...
Ogman

Helena Sacadura Cabral disse...

Eu vi e comentei entre dentes "is Rajoy, stupids"!

Helena Sacadura Cabral disse...

Eu vi e comentei entre dentes "is Rajoy, stupids"!

Anónimo disse...

Lá anda o eco de novo...

Ó Sra. Dª Helena, os seus botões são ingleses?

T D disse...

A iberidade de Portugal.
Também os franceses, antes de 26 de Abril de 1974, pensavam que Portugal era assim como a Catalunha para a Espanha. É verdade que os portugueses eram um pouco diferentes dos espanhóis que tinham "emigrado" para França nos finais dos anos 30. Mas estavam mesmo convencidos que a lìngua era um regionalismo.
Que hoje os saxões tenham uma atitude semelhante, não me espanta!
: - D !

Santiago Macias disse...

Isso é o que normalmente chamamos "um clássico". Já nem se estranha.
A ignorância sobre o que é Portugal atinge níveis que tocam o burlesco. Conservo entre os meus papéis o primeiro boletim de inscrição numa universidade francesa (em 1997). Tive de optar por colocar a cruzinha em "Portugal" ou "Colónias africanas de Portugal (Açores e Madeira)".

Anónimo disse...

Caro Santiago Macias,

Certamente que terá enviado cópia desse estúpido formulário para a nossa embaixada em Paris, para que esta apresentasse uma reclamação formal.

Sabe qual foi o resultado?...


PS: ponha aqui um link para essa preciosidade, por favor. ;)

patricio branco disse...

um jornal como o f t não se engana assim tão grosseiramente, a espanha´é mais que conhecida, está todos os dias nas noticias, rajoy foi eleito há muito pouco, aparece diariamente na televisão (tambem a simpatica vice primeira), é um país de peso, etc. Fizeram uma errata com pedido de desculpas a seguir? Atrevo me a opinar que foi intencional.

Devido a essa historia dos perifericos ou do sul, comparam nos sempre com a grecia. Gostaria no entanto que por 1 ou 2 vezes nos comparassem com a irlanda. Seria util e pedagógico.

Vamos a ver se nos cura a receita do vamos alem da troika, se não se aplica antes o dito morreu da cura, não foi da doença, até já da propria troika vêm educados e sussurrados avisos de que austeridade a mais não cura e a falta de reformas tambem não é boa para a doença.

A medida de portugal é pois vista e avaliada pelo padrão da grecia com a cara de rajoy

patricio branco disse...

aplica se uma chamada telefonica de atenção e rectificação ao jornal da embaixada de portugal em londres, provavelmente já feita

Anónimo disse...

A propósito: os puzzles de mapas europeus e mundiais para as crianças começarem a identificar os países têm só a Espanha, em toda a Península Ibérica. Não sabia que fazer perante o colorido das paredes da loja de brinquedos (rue d'Auteille 16ème) aonde procurava uma caixa de música, que desisti de lá comprar...

Anónimo disse...

Caro anónimo "12:36",

O que fazer? Anotar a marca do "puzzle" e escrever ao fabricante reclamando. Ao mesmo tempo, notificar a embaixada para que esta também o fizesse.

Serei eu que sou um idealista ou as estruturas do Estado Português deviam agir com toda a força perante estas situações?

Não deveria o Estado Português ter um departamento jurídico que perseguisse os responsáveis por esses casos?

Eu cá, acho que sim...

Santiago Macias disse...

Caro/a Catinga

Não enviei o papelucho para a embaixada. Esse tipo de disparates merece-me compaixão.

Nunca mais tinha pensado no assunto mas, bem vistas as coisas, e logo que localize o formulário, divulgo-o no meu blogue.

Cumprimentos
SM

Anónimo disse...

Caro Santiago,

A "compaixão" não "nos" leva a lado algum.

Quem não chora, não mama (e morre à fome)

Rui Franco disse...

Um pequeno texto sobre um italiano que não sabia de onde vinha o Português :)

http://omapadomundo.blogspot.com/2012/01/o-origem-da-lingua.html

Julia Macias-Valet disse...

Esta a ver Catinga ? o Santiago também nao conseguiu identificar se era homem ou mulher ; ) , mas nao se preocupe o problema é nosso... É de familia : )))

Anónimo disse...

Cara Júlia,

Se o seu irmão (?) ao olhar para uma doninha de fato e gravata - de flor na lapela e fazendo um sorriso engatatão -, tem dúvidas sobre o género do bicho, eu fico preocupado...

Deixo, no entanto, já aqui um aviso: não tiro a roupa!

Julia Macias-Valet disse...

Tomei nota Catinga da sua decisão sensata : )

Mario Pontifice disse...

Eles ignoram tudo, mas não ignoram o principal : estamos cercados, aterrados, invadidos, empobrecidos, roubados, e bem.

Os numeros não são o mais importante porque a doença mortal é a mesma para todos : a europa, ou mais precisamente, a coisa à qual deram o nome de europa, e que de europa nada tem, e de democracia ainda menos.

Ou se tem algo dela, que esse cheiro pseudo-europeu se afaste o mais possível de nós.

Nunca nenhum império sobreviveu na história. Imaginamos e esperamos que este império de papel molhado ainda menos poderá sobreviver como ditadura cega imposta sem vergonha nem dignidade aos povos.

"o tipo de reformas que a UE espera do país" : diz tudo, ou seja nao diz o principal.

Desejo recomeçar a ter a vaidade de ver "um Portugal" enfim libertado desta eurocracia devastadora, e o mais rápido possível.

Porque sou português, sou do continente europeu, e nunca aceitarei de ser reduzido a um simples escravo de um monstro eurocrata deste tamanho, mediocridade e indecência.

Nunca, nem com os canhões deste inimigo abjecto virados para mim.

Fora da História

Seria melhor um governo constituído por alguns nomes que foram aventados nos últimos dias mas que, afinal, acabaram por não integrar as esco...