sexta-feira, outubro 16, 2009

Europa

Com apresentação e comentários, de grande profundidade, da responsabilidade de Eduardo Lourenço, Marcelo Rebelo de Sousa falou, na passada terça-feira, no Centro Cultural da Fundação Gulbenkian em Paris, sobre "A Europa depois da crise".

Esta excelente série de conferências sobre a temática europeia, que foi iniciada com Jorge Sampaio e Jacques Delors, constitui um importante contributo dado por Portugal, para auditórios franceses, na reflexão sobre os destinos do continente.

Marcelo Rebelo de Sousa esteve igual a si próprio: inteligente e perspicaz, académico e inventivo, polémico e prospectivo. Entre outras coisas interessantes que disse, para além de notas históricas que deixou das suas andanças no PPE, ao tempo que era líder do PSD, explicou, em detalhe, a sua leitura da opção europeia por Durão Barroso, em 2004.

Para o professor, o tipo de lideranças de Jacques Santer e de Romano Prodi já haviam tido lugar precisamente porque os líderes europeus se haviam assustado com a "força" de Jacques Delors. Quase só faltou que Marcelo Rebelo de Sousa citasse Steinbroken: Delors era "fort, excessivement fort!".

4 comentários:

Helena Sacadura Cabral disse...

Ora aí está, Senhor Embaixador, algo que eu e muitos outros portugueses, gostariamos de ter ouvido: a explicação "em detalhe" da leitura da opção europeia por Durão Barroso em 2004.
Porque há detalhes que nos escapam sempre, ou como se diz aí, onde vive, "à bon entendeur, salut!"

Helena Oneto disse...

Infelizmente não pude assistir à conferência com Jorge Sampaio, Jacques Delors e Eduardo Lourenço, três homens que muito respeito e admiro. Na conferência de quarta-feira passada pareceu-me mais pertinente e proximo da realidade o que disse Eduardo Lourenço no comentário que fez no final do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa.

Francisco Seixas da Costa disse...

Infelizmente, não é possível colocar neste blogue o texto do anónimo "Albano", tendo em atenção a natureza dos comentários feitos à personalidade de Marcelo Rebelo de Sousa. Se acaso a autoria de tal texto fosse clara e inequivocamente assumida, tudo seria, como é óbvio,diferente.

José Martins disse...

Senhor Embaixador,
Vou continuando, todos os dias, a visitar o seu “Duas Três Coisas” e quando tenho “bagagem” para comentar a matéria inserida entro nela.
De política e coisas e loisas da Europa e seus afins sou, como na gíria popular, um nabo de Santa Luzia.
Nesta peça chama-me atenção a análise que faz a Marcelo Rebelo de Sousa e no meu ponto de vista é o Marcelo tal qual como é.
Um barra inteligente (o sentido académico não o larga), atira-se para a frente, como o forcado vai aos “cornos” do boi; inventor de instrumentos que uns tocam melodiosamente e outros largam, apenas, fífias.
Nós, os portugueses, necessitamos do Marcelo de outros mais que surjam por aí para que nos confortem com palavras mesmo que estas sejam iguais a feijões deitados em solo árido que nunca germinam e dão umas vagens para fazer uma sopa.
Melhores cumprimentos
River Kwai – Tailândia
José Martins

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