quarta-feira, agosto 05, 2009

Música

Já tinha dado por isso, em anteriores ocasiões, mas só na passada segunda-feira senti vontade de sentar-me, com alguma calma, para apreciar a música ao vivo que o belo Aeroporto do Porto oferece aos seus utentes.

Naquele ambiente por regra agitado, onde intimamente vivemos na permanente angústia de poderem ter mudado a hora e a porta de embarque, em que somos tentados a queimar tempo e dinheiro com uma nova revista internacional que (não) vamos ler ou com a compra de um perfume que (não) nos faz falta, que bom que foi perder (ou ganhar, depende da perspectiva) um quarto de hora para ouvir dois intérpretes de música portuguesa.

Curiosamente, tive muitos poucos companheiros nesta sessão, com a maioria dos passageiros a olharem à distância, como que desconfiados e temerosos de que, no final, lhes viessem estender um boné para recolha de moedas.

Da próxima vez que um atraso me apanhar no Porto, lá estarei à espera que me dêem música. Desta vez foi uma guitarra e uma viola, há meses ouvi por lá jazz e há ainda no local um piano que abre interessantes pespectivas. Humanizar lugares por natureza desumanos é uma nobre iniciativa.

3 comentários:

Anónimo disse...

A musica como estimulo auditivo,que alguns ouvem
e alguns conseguem escutar,exige que os sentidos individuais de cada estado de espirito aprovem os sitios onde é de A considerar capaz de humanizar.

Mas, a música é de facto estimulante mesmo no cansaço.
Isabel Seixas

Paulo Correia disse...

Caro Amigo,

Agradeço a novidade. Desconhecia que havia uma oferta musical no aeroporto do Porto ainda por cima com alguma qualidade.

Penso que terá muito interesse nomeadamente quando do outro lado temos a oferta da sociedade de consumo sem outras preocupações que não sejam o lucro fácil e o desperdício de tempo e dinheiro.

Cumprimentos,
Paulo Correia

Helena Sacadura Cabral disse...

Sugiro o método para tudo o que são salas de espera. E o contrário para quando ligamos o telefone e nos dão música...

Só para lembrar

Porque estas coisas têm de ser ditas, irritem quem irritarem, quero destacar a serenidade construtiva demonstrada por Pedro Nuno Santos e pe...